Brasil joga mal e cai para o Japão
Mal no saque, inconstante na virada de bola e no passe e sofrendo apagões em determinados momentos da partida, o Brasil caiu para o Japão por 3 sets a 1 – parciais de 25-22, 25-19, 17-25, 25-20 -, na manhã desta sexta-feira, na cidade de Arnhem, na Holanda, pela quarta e penúltima rodada da fase classificatória do Campeonato Mundial Feminino de Vôlei. O Brasil já está classificado para a próxima fase da competição, mas como os times carregam a campanha desta etapa para a próxima, a derrota de hoje preocupa. Principalmente porque o Japão não contava com uma das suas principais atacantes, Koga, machucada.
Foi o primeiro grande desafio do Brasil no Mundial. Até agora, o time venceu equipes de menor expressão como República Tcheca, Argentina e Colômbia. Sem muito tempo para se recuperar do resultado, a equipe do técnico José Roberto Guimarães enfrenta a China menos de 24 horas depois, neste sábado, às 9h, no encerramento da etapa. As chinesas lideram o Grupo D, invictas. O confronto será transmitido pelo SporTV e pelo canal do Web Vôlei, no YouTube, sem imagens.
Zé Roberto escalou o Brasil com Julia Kudiess no lugar da central Carol, que sentiu a coxa direita na partida contra a Colômbia, quarta-feira, e foi poupada. A equipe titular foi: Macris, Kisy, Carol Gattaz, Julia Kudiess, Pri Daroit, Gabi e Natinha (líbero). No terceiro set, no entanto, vendo que o time não reagia, começou a parcial com três alterações: Roberta no lugar de Macris, Tainara no de Kisy e Lorena no de Júlia. Rosamaria também entrou.
Inoue foi a maior pontuadora do jogo, com 27 pontos, seguida por Ishikawa, com 18. Pelo Brasil, Pri Daroit marcou 17 pontos e Carol Gattaz, 13. O Brasil sucumbiu ao já conhecido bom volume de jogo japonês. Macris jogou pouco com as centrais e o jogo pelas extremidades foi bem marcado pelas asiáticas. Com dificuldade para colocar a bola no chão, a Seleção Brasileira perdeu os dois primeiros sets diante de um Japão jogando solto e sem precisar fazer muito esforço.
O Brasil melhorou após as mudanças promovidas por Zé Roberto no terceiro set. O time passou a sacar melhor e a pontuar nos contra-ataques, o que não vinha acontecendo. Tainara deu mais agressividade à posição. O jogo caminhava para o tie-break. A Seleção Brasileira vencia o quarto set por 14 a 11, mas sofreu um apagão na recepção e na virada de bola, permitindo a virada japonesa para 18 a 14. O time verde-amarelo reagiu, teve a bola para empatar em 19 a 19, mas não concluiu. Rosamaria entrou e, sem ritmo de jogo, não foi efetiva no ataque. Zé Roberto fez a inversão com Macris e Kisy, mas as japonesas voltaram a sacar melhor e a defender o ataque das brasileiras. Sem esforço, abriram nova frente no placar para fechar a parcial em 25 a 20 e o jogo em 3 a 1.