Brasil perde para a China e está fora da VNL
O Brasil deu adeus à VNL nas quartas de final. Ainda hoje, Turquia e Itália disputam a última vaga nas semifinais
O Brasil deu adeus à VNL 2023 nas quartas de final. Assim como nas quartas de final dos Jogos do Rio-2016, nossa algoz foi a China, que venceu por 3 sets a 1 – parciais de 25-21, 25-20, 20-25, 25-23 -, na tarde desta quinta-feira, na cidade de Arlington, nos Estados Unidos, jogando melhor na maior parte do tempo, com o passe na mão praticamente o tempo todo e errando bem menos que as brasileiras.
O Brasil voltou a apresentar a inconstância em todos os fundamentos que mostrou na última etapa da Liga das Nações, com dificuldade na virada de bola pelas pontas e também na saída de rede, além do baixo aproveitamento no sistema bloqueio-defesa. Tainara entrou a partir do segundo set e foi melhor.
Thaisa foi a maior pontuadora do Brasil, com 18 pontos (17 no ataque e 1 de saque), seguida pela Gabi, com 15.Tainara, que entrou no final do segundo set, marcou 13.
Nas semifinais da VNL, as chinesas vão enfrentar a Polônia, sábado, às 18h (horário de Brasília). As polonesas eliminaram a Alemanha, quarta-feira. Ainda hoje a Turquia, terceira colocada na fase classificatória, enfrenta a Itália, às 16h, para definir o último semifinalista da Liga das Nações. Quem vencer, vai enfrentar os Estados Unidos, sábado, às 21h30. A partida desta quinta-feira será transmitida pelo SporTV e também pelo canal do Web Vôlei no YouTube.
Os próximos compromissos do Brasil este ano são o Sul-Americano, entre os dias 19 e 23 de agosto, no Recife, depois o Pré-Olímpico, entre os dias 15 e 24 de setembro no Japão, e o Pan-Americano do Chile, entre os dias 20 de outubro e 5 de novembro.
O técnico José Roberto Guimarães surpreendeu na escalação, com Natinha de titular no lugar da Nyeme. O restante da equipe foi: Macris, Kisy, Thaisa, Carol, Gabi e Maiara Basso.
O primeiro set foi equilibrado até o 17º ponto, mas o Brasil errava muito mais que as chinesas – 5 pontos cedidos contra apenas um das asiáticas até esse momento da parcial. A Seleção Brasileira perdeu muitos contra-ataques e sofreu muito no passe, principalmente com Gabi, caçada no saque pelas chinesas. Thaisa e Gabi foram as maiores pontuadoras do Brasil na parcial, com 5 pontos cada, mas a China venceu por 25 a 21.
Zé Roberto manteve o time no segundo set e o Brasil manteve a atuação irregular no passe, o que inviabilizava o jogo com as centrais. Pelas extremidades, as atacantes brasileiras eram amortecidas pelo bloqueio chinês e, nos contra-ataques, as asiáticas não perdoavam. Com a diferença de cinco pontos no placar, Julia Bergmann foi para o jogo no lugar de Maiara Basso.
O Brasil chegou a diminuir a diferença para dois pontos, mas seguia com um aproveitamento muito baixo nas bolas das extremidades. Gabi passou o set zerada. Zé Roberto colocou Roberta no lugar da Macris na reta fina do set, mas dois erros de combinação de jogada com a Carol, pelo meio, mostraram que o momento emocional do time também não era bom.
No terceiro set, o Brasil voltou com mais mudanças. O time titular foi: Roberta, Tainara, Thaisa, Diana, Bergmann, Gabi e Natinha, mas a China não se abalou. Com o passe na mão e o Brasil desorganizado no passe, abriu logo 5 a 1, obrigando Zé Roberto a pedir tempo. As asiáticas abriram 8 a 2 e a situação do Brasil era desesperadora. Macris voltou para o jogo no lugar da Roberta e o time brasileiro chegou a diminuir a diferença para 8 a 10, depois empatou em 12 a 12 com dois bons saques da levantadora verde-amarela. Depois do apagão no início o Brasil reagiu e manteve o bom momento. Passou à frente no placar sacando melhor, com Gabi melhor no ataque e Tainara puxando a marcação e fechou em 25 a 20.
O Brasil veio com a mesma formação que terminou a parcial anterior, com Macris levantando e Tainara mantida na saída de rede. O Brasil abriu 16 a 12, mas a China marcou bem Gabi duas vezes para virar para 18 a 16. Apesar de não estar bem no ataque, Julia Bergmann segurava bem a recepção chinesa, dando mais opções para Macris distribuir. A parcial foi equilibrada até o 22 a 22, quando ao China abriu dois pontos e manteve a vantagem. As chinesas cometeram apenas dois erros no set.