Brasileiras suspensas por 10 meses por defenderem Ruanda
Quatro atletas foram punidas pela FIVB por serem "inelegíveis"
Quatro jogadoras brasileiras tiveram suspensão de 10 meses confirmadas nesta semana pela Federação Internacional de Vôlei. Aline Wime (oposta), Bianca Moreira Gomes (ponta), Mariana Barreto da Silva (levantadora) e Tainá Caroline Apolinário (central) atuaram de forma irregular pela seleção de Ruanda durante o Campeonato Africano do ano passado.
O time, então dirigido por Paulo de Tarso, foi denunciado na ocasião pela Nigéria no meio da competição. A FIVB aceitou o pedido, excluiu Ruanda e iniciou um processo de investigação. A federação local também recebeu uma multa de aproximadamente R$ 650 mil.
Na época, em entrevista ao Uol, o treinador explicou que dirigentes locais pediram indicação de atletas sem passado pela Seleção Brasileira antes do Campeonato Africano.
– São jogadoras que nunca tiveram chance de servir uma seleção nacional e que estavam começando uma história para realizar um sonho de, quem sabe um dia, jogar uma Olimpíada. Não é um campeonato apenas, o plano era uma preparação a longo prazo que está sendo interrompida por um processo burocrático, onde elas são totalmente inocentes – comentou Paulo.
A punição das brasileiras começou a contar no dia 16 de setembro do ano passado, quando elas foram suspensas preventivamente. O retorno às quadras poderá acontecer em meados de julho. Segundo a nota oficial da FIVB, as quatro brasileiras e a federação de Ruanda ainda podem recorrer ao Painel de Apelações da entidade.
Durante o Campeonato Africano, Ruanda venceu seus dois primeiros jogos em Kigali, capital do país. Após a denúncia nigeriana, a competição chegou a ser interrompida e transferida. Camarões e Quênia, os finalistas, acabaram se classificando para o Mundial.