Brizard admite que pressão atrapalhou seu desempenho

Em três anos, Antoine Brizard deixou de ser mais um levantador para ter o status de bicampeão olímpico com a França. De então candidato ao posto de titular nos Bleus para um dos melhores do mundo. Tudo isso mexeu com a cabeça do jogador. Em entrevista ao Volley News, Brizard admitiu que a conquista do ouro em 2021, em Tóquio, fez com que ele não suportasse a pressão.

– Depois de Tóquio aconteceu algo que eu não esperava. Fui apontado como um dos melhores jogadores do mundo junto com meus companheiros de seleção, mas talvez não estivesse preparado para isso. Eu não me senti bem.

Três anos depois, ele agora se sente pressão para assumir tal protagonismo?

– Concluída a experiência de Paris, posso dizer que estou mais confiante no meu papel e na minha pessoa. Agora jogo com muito mais calma.

Brizard comentou ainda sobre o papel de Andrea Giani na conquista do ouro em Paris-24. O italiano substituiu Bernardinho, que havia sido contratado para o lugar de Laurent Tillie, mas pediu demissão pouco meses depois de assumir o cargo.

– Ele entendeu o que precisávamos, ou seja, não desenraizar a identidade da escola e tentar se integrar a um grupo desde o primeiro dia. Ele colocou algumas coisas em ordem após a eliminação no Mundial e começamos a montar a estratégia olímpica. Crescemos muito no bloqueio e em algumas partidas todos concordamos que foi decisivo. Na defesa já éramos muito fortes, com dois pontas que defendem muito – analisou o levantador, citando Ngapeth e Clevenot.

Na entrevista, ele comentou ainda sobre a temporada 24/25 do Piacenza. O time passou por uma reformulação, com a saída dos brasileiros Lucarelli e Leal. O canadense Maar e o sérvio Kovacevic são algumas das novidades.

– Estamos saindo de uma temporada um tanto decepcionante e sentimos a necessidade de mudar alguma coisa. Estou feliz com o que vi nessas primeiras semanas.