Bruninho fala sobre a derrota: “Falhei e não consegui entregar como queria”

Três dias depois da frustração pela perda do título do Sul-Americano Masculino de Vôlei 2023 com a derrota por 3 a 0 para a Argentina, na última quarta-feira (30.08), no Geraldão, no Recife, o capitão da Seleção Brasileira Bruninho falou sobre o resultado. De cabeça mais fria, após a forte repercussão por conta não só da derrota, mas pela apatia do time em quadra, o camisa 1 do Brasil usou as redes sociais para analisar a atuação brasileira e falar sobre o futuro.

– Alguns dias refletindo e sofrendo por uma derrota doída. Falhei e não consegui entregar e lutar como queria. Mas nada como um dia após o outro…. Em toda minha carreira, foram muitos momentos como esse e a única solução que encontrei foi levantar de novo e trabalhar. Tenho certeza que essa equipe vai ter a força de dar a volta por cima!
Sinto muito por todos os torcedores em Recife que fizeram uma festa maravilhosa todos os dias e quem sofreu de longe também. Desistir não é um opção – escreveu Bruninho em sua conta no Instagram.

Ele recebeu o apoio de torcedores e do pai, Bernardinho, ex-treinador da Seleção Brasileira. Juntos, Bernardo e Bruninho os dois foram campeões olímpicos nos Jogos do Rio-2016 e campeões mundiais em 2010.

– Orgulho do homem e líder q você se tornou. “Somos o q somos pelos obstáculos que superamos, fracassos que recomeçamos, sucesso que conquistamos”. Não dá pra sair ileso do processo – escreveu Bernardinho.

Logo após a derrota para a Argentina, na saída do Geraldão, ainda impactado pelo resultado, Bruninho mostrou o quanto estava abalado, em entrevista ao portal G1:

– Sentimento muito ruim nesse momento, de fracasso, vergonha, tristeza. Pessoalmente mesmo, porque não reproduzi o que desejei. Mas a gente não tem tempo nem de lamentar. É juntar os cacos. Tudo funcionou pouco hoje.  gente tem uma equipe com vários jogadores que podem estar jogando, uma equipe homogênea. Mas fica mais um sentimento ruim, perder em casa sempre é ruim – disse Bruninho.

O Brasil se apresenta terça-feira em Saquarema para iniciar os trabalhos para o Pré-Olímpico, entre os dias 31 de setembro e 8 de outubro, no Maracanãzinho, no Rio.

A Federação Internacional de Vôlei divulgou ontem a lista dos 25 inscritos para a competição, uma lista larga, com jogadores que estão aptos a jogar o torneio, mas o técnico Renan Dal Zotto só pode inscrever 14 para a competição. Provavelmente serão os mesmos 14 que disputaram o Sul-Americano: os levantadores Bruninho e Cachopa; os opostos Alan e Felipe Roque, os centrais Lucão, Flávio, Otávio e Judson, os ponteiros Lucarelli, Leal, Honorato e Adriano e os líberos Maique e Thales. O Brasil está no Grupo A, ao lado de Itália, Cuba, Irã, Qatar, República Tcheca, Alemanha e Ucrânia. Apenas os dois primeiros se classificam para a Olimpíada. Veja aqui a tabela do Pré-Olímpico.