
Bruninho relembra fase difícil com Bernardinho: “Relação esfriou”
A convivência como filho e atleta trouxe situações desafiadoras na vida do levantador Bruninho, conforme ele revela em sua biografia “Entre sombras e vitórias”, lançada na última quarta-feira (6/8), no Rio de Janeiro.
Em entrevista à “Veja”, o jogador lembrou que relação com o pai “esfriou” devido à convivência e pressão constante na Seleção Brasileira. Apesar das dificuldades, o ex-capitão alcançaria o topo do pódio nos Jogos Olímpicos de 2016, na capital fluminense, sob o comando de Bernardinho.
– Com certeza mudou (a relação) ao longo dos anos e a gente foi amadurecendo certas coisas. No começo houve um distanciamento natural, porque a gente não sabia como lidar com aquilo. Ele era sempre mais rígido comigo, e eu sabia que isso fazia parte, mas também não queria estar com ele nos momentos de folga, então a relação de pai e filho esfriou. Naquele momento, a gente não conseguia se desvencilhar do treinador e jogador. As coisas foram se tornando mais tranquilas com o tempo. Depois de 2016, com o ouro olímpico no Rio, ele acabou saindo da Seleção, e aí voltamos a ter uma relação totalmente de pai e filho. Eu também fiquei mais velho, e nos tornamos amigos – contou Bruninho.
Sem planos de parar
Aos 39 anos e fora da Seleção Brasileira no ciclo olímpico de Los Angeles 2028, o atleta que não pensa em aposentadoria por enquanto.
– Não penso. Enquanto eu estiver motivado eu quero continuar jogando. A gente sabe que o nosso corpo começa a dar sinais, mas enquanto eu estiver bem, eu quero continuar. Não tenho uma data pra me aposentar. Vivo ano após ano, mas vou me preparando para o futuro. Vou terminar a minha faculdade e tenho investimentos fora do voleibol. Eu pretendo estar no esporte de alguma forma no futuro, então vou me preparar em outras áreas para quando chegar o momento de parar eu estar pronto.