Bruninho, sobre jogo em Campo Grande: “Barreiras quebradas”
Vôlei Renata encara o Vedacit Guarulhos neste sábado (8/12), pela nona rodada da Superliga
Capitão e levantador do Vôlei Renata, Bruninho celebra a oportunidade de defender o seu clube, da cidade de Campinas (SP), em uma partida em Campo Grande (MS). Aos seus olhos, o duelo contra o Vedacit Guarulhos neste sábado (7/12), no Ginásio Guanandizão, quebra importantes barreiras no esporte. Será o primeiro jogo da história da Superliga na capital sul-mato-grossense. O jogo terá transmissão do Sportv 2 e conta com mando de quadra da equipe de Guarulhos.
– Eu fico muito feliz. Poder ver que o voleibol supera muitas barreiras indo para muitos estados que são apaixonados por vôlei com muito carinho que eu tenho recebido nessa minha volta para o Brasil em todos os lugares que a gente está jogando. Eu não vejo a hora de jogar em Campo Grande – comenta Bruninho.
Aos 38 anos, Bruninho é profissional há quase duas décadas e já rodou o Brasil e o mundo por conta do voleibol. Com tanta experiência, ele garante: será uma experiência imperdível para o público do Centro-Oeste.
– Tenho certeza que o ginásio vai estar cheio. É importante a gente sair um pouco desse eixo do Sudeste e ir um pouco para outras capitais, outros estados que também são apaixonados por vôlei e poder receber o carinho dessa galera – acrescenta Bruninho.
O Vôlei Renata é o terceiro colocado na Superliga masculina, com 16 pontos em oito jogos. A equipe chega embalado com três vitórias seguidas (Viapol São José, Sada/Cruzeiro e Joinville) e precisa da vitória para encostar no Sada Cruzeiro (23 pontos em nove partidas) e no Minas (20 pontos em oito confrontos). Já o Guarulhos é apenas o 11º, com oito pontos.
Guanandizão e o vôlei
O ginásio está acostumado a receber eventos nacionais de vôlei. Em 2004, foi palco de uma das etapas da extinta Liga Mundial. Alguns anos depois, em 2020, sediou o duelo entre Taubaté e Sada Cruzeiro pela Supercopa. Em quadra pelo time paulista naquela ocasião, Bruninho recorda a visita a Campo Grande.
– Estávamos naquele momento da pandemia. Foi uma passagem rápida e, na época, você não podia conhecer nada da cidade, então a gente basicamente chegou no hotel no dia anterior, fez o treino e no dia seguinte fomos jogar. Mesmo com uma capacidade limitada no ginásio, se eu não me engano era só 50% do público, você percebia que as pessoas estavam felizes de poder ver um jogo daquele tamanho, vários jogadores de seleção na época, então foi um belo espetáculo. Lembro também de ter tido câimbras, mas a gente acabou conquistando o título. Essa é uma lembrança especial que eu tenho de Campo Grande – relembra o camisa 1 do time campineiro.
Capitão da Seleção Brasileira por mais de dez anos, Bruninho rodou o mundo e desembarcou em Campinas nesta temporada após cinco anos no vôlei italiano. Ele vê com bons olhos a iniciativa de jogos da competição serem realizados em praças fora do eixo habitual.
-A seleção, claro, é seguida pelo Brasil todo. Todo mundo torce pela Seleção Brasileira, mas dentro da Superliga você criar cada vez mais o hábito das pessoas que estão longe que querem torcer para algum time, algum jogador, e criar a oportunidade de ver uma partida de perto, dar essa sensação de poder estar mais próximo do time que gosta ou que vai vir a gostar. Acredito que seja para aumentar cada vez mais o número de fãs da Superliga e criar esse hábito de poder estar passando fronteiras dentro do Brasil – analisa.
O Vôlei Renata tem promovido ações de descentralização da modalidade. Em 2016, realizou jogos da Superliga em Belém e Manaus. Foi a primeira vez que a região Norte pôde acompanhar a competição. As duas partidas, durante anos, estiveram entre os maiores públicos da história da Superliga. Além disto, os campineiros tiveram a oportunidade de fazer a primeira partida em Fortaleza, na inauguração do CFO, pela Supercopa de 2016.
– Cada partida que a gente disputa, vemos o quanto equilibrada está a Superliga neste ano. Primeiro, quem assiste não tem ideia de quem vai vencer, então é sempre uma surpresa, e segundo que você tem de estar todos os jogos muito concentrado. Isso deixa a Superliga mais equilibrada e mais legal para o público assistir. Tenho certeza que essa partida em Campo Grande vai ser muito disputada, pois vamos enfrentar uma grande equipe, que também vem de uma boa vitória. Temos que entrar ligados – encerra Bruninho.
Já o bicampeão olímpico e embaixador do Vôlei Renata, Maurício Lima, que esteve com a Seleção Brasileira no Guanandizão em 2004, comenta:
– Tive a felicidade de estar em muitas capitais do Brasil nos meus tempos de atleta. Sei como o brasileiro é apaixonado por esporte e como uma iniciativa como essa pode impactar na comunidade, no cenário da modalidade local e despertar atenção para o esporte. Fico feliz em ver, agora, nosso projeto envolvido em ações que contribuem para a modalidade. Estivemos no Norte, Nordeste, Centro-oeste, levando também o vôlei de clubes e apresentando o esporte em alto nível. Tenho certeza que será um dia especial para quem for ao Guanandizão e todo pessoal de Campo Grande – diz.