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Coluna - 26 de agosto de 2022

Cachopa deu o recado: está pronto e maduro

Coluna de Daniel Bortoletto sobre uma importante decisão a ser tomada por Renan


Estava com a TV ligada na entrevista do ex-levantador Maurício, no “Grande Círculo”, no Sportv, no fim da manhã desta sexta-feira, enquanto escrevia esta coluna. E uma das respostas dele foi sobre a difícil transição da titularidade para o banco de reservas, quando Ricardinho passou a ganhar espaço na Seleção no início dos anos 2000.

E o assunto tem tudo a ver com o tema desta coluna: a posição de levantador titular da Seleção Brasileira no Campeonato Mundial da Polônia e da Eslovênia. A vitória do Brasil sobre Cuba teve Fernando Cachopa como protagonista, ao entrar no lugar de Bruninho a partir do terceiro set.

Cachopa deixou o jogo brasileiro mais veloz, mais preciso e com mais variações. Os centrais Flávio e Lucão cresceram demais no ataque. O levantador ainda apareceu bem nas defesas e coberturas, além de pontuar até no bloqueio.

Dito isso, vamos voltar ao que Maurício falava na entrevista: a transição de alguém muito vitorioso para uma posição com menos tempo em quadra. Aconteceu com ele durante o Mundial de 2002, vencido pelo Brasil, fazendo com que terminasse o ciclo até Atenas-2004, também com o ouro, mas sem a titularidade. Bruninho, 36 anos, tem um currículo que fala por si só, tendo sido campeão de tudo por seleções e clubes: três medalhas olímpicas, três mundiais, dezenas de outras em torneios internacionais e por aí vai. Além disso, é um líder reconhecido e respeitado pelo grupo brasileiro. O momento técnico, porém, não é dos melhores.

Já Cachopa vem pedindo passagem. Ele poderia ter tido mais chances na última Liga das Nações (VNL). E, contra Cuba, agarrou a chance recebida e mostrou estar mais do que pronto para construir sua história na posição. Renan Dal Zotto agora terá até domingo para tomar uma decisão para a continuação do Brasil no Mundial para o jogo com o Japão. E ela pode representar uma mudança completo de rumos para o restante do ciclo olímpico até Paris.

Por Daniel Bortoletto