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Fora de Quadra - 12 de novembro de 2020

Campanha contra doença crônica nas costas

Ex-jogador Dani, portador da Espondilite Anquilosante, virou embaixador da campanha


Daniel Gramignoli, ex-jogador de vôlei, irmão da ponta Mari Paraíba, do Dentil/Praia Clube, é o embaixador da Campanha “Menos dor nas costas, mais vida”, criada para conscientizar sobre a dificuldade do diagnóstico da Espondilite Anquilosante, doença hematológica crônica que pode levar anos para ser diagnosticada.

O ex-atleta é portador da Espondilite Anquilosante, doença crônica e autoimune que causa inflamação principalmente nas vértebras da coluna e região lombar, causando dores intensas nas costas. Para Daniel, somente ao definir o diagnóstico foi possível sentir-se aliviado, pois conseguiu iniciar o tratamento correto e melhorar a sua qualidade de vida.

A campanha teve início essa semana, com ações nas redes sociais junto a influenciadores portadores da doença, para alertar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce, que podem evitar anos de sofrimento com as dores.

O intuito é aproveitar as mídias sociais para divulgar a campanha de forma orgânica alcançando um maior número de pessoas que possa ter os sintomas e não consegue um diagnóstico correto.

Dani foi levantador de grandes times brasileiros, com Sada Cruzeiro, Vôlei Renata, Sesi e Minas, além da Seleção Brasileira.

A Espondilite Anquilosante é uma doença autoimune que normalmente atinge pessoas jovens, na faixa etária dos 20 aos 40 anos, e o diagnóstico conclusivo pode levar anos, ocasionando perda na qualidade de vida para os pacientes. Dados divulgados pelo Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, em Minas Gerais, demonstraram que ainda há atraso de 6,9 anos no diagnóstico dessa enfermidade, o que pode levar a um desfecho indesejável, como sequelas irreversíveis ocasionadas por anquilose associada à progressão da doença.

Por causar inflamação nas vértebras e articulações, principalmente da coluna e região lombar, a doença acarreta dores intensas e, sem um teste específico, muitas vezes o diagnóstico é tardio. Sem a correta identificação e tratamento, a doença se caracteriza por ser progressivamente incapacitante com limitação dos movimentos pela rigidez das articulações, impedindo os pacientes de caminhar de forma ereta e até mesmo de dormir ou ficarem deitados.

Dessa forma, por apresentarem sintomas físicos fortes, dificuldade em realizar as tarefas do dia a dia e pelo sofrimento crônico, pacientes que não receberam o diagnóstico precoce podem desenvolver concomitantemente doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, que necessitam de intervenção, para o suporte do tratamento a longo prazo.