CBV assina renovação com o Banco do Brasil antes de análise da Assembleia

Um dos acordos mais longevos do marketing esportivo no país foi renovado. Banco do Brasil e Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) entraram em acordo para a continuidade do patrocínio até 2029.

Desde 1991, o Banco do Brasil é o patrocinador oficial da modalidade, sendo um importante agente transformador nestas mais de três décadas de parceria. O vínculo anterior tinha se encerrado no dia 31 de julho, com a renovação sendo assinada no último dia 29 de agosto.

Desta vez, o contrato não passou pela Assembleia Geral da CBV antes da assinatura, como prevê o estatuto da entidade para contratos com valores acima de R$ 10 milhões por ano. Segundo a CBV, a versão final do acordo foi enviada pelo banco no dia 28 de agosto, “tendo em vista procedimentos internos de governança e compliance”, com o pedido de assinatura para o dia seguinte. Assim o contrato foi assinado pelo presidente Radamés Lattari e será apresentado para a Assembleia no próximo dia 2 de outubro.

“Para evitar prejuízos à CBV e ao voleibol nacional e com fulcro no parágrafo primeiro do artigo 45 do Estatuto da CBV, o Presidente da CBV, diante da urgência e da importância da renovação parceria, prosseguiu com a assinatura do contrato Ad Referendum da Assembleia Geral Extraordinária, ficando, assim, sua eficácia condicionada à aprovação da Assembleia Geral da CBV”, explicou a entidade às federações estaduais e demais integrantes da Assembleia.

OUTRAS EXPLICAÇÕES

A explicação enviada pela Confederação Brasileira para a assinatura antes da Assembleia inclui outros pontos, como o temor de um prejuízo à preparação do vôlei e do vôlei de praia para a Olimpíada de 2028:

“É de total interesse da CBV e de toda a comunidade do voleibol a perpetuidade e manutenção da relação com o Banco do Brasil pois assim será possível a superação dos muitos novos desafios, principalmente a preparação e participação para um novo ciclo olímpico que se implementará com a Olimpíada de Los Angeles em 2028, mantendo nosso histórico de grandes conquistas e legado esportivo”.

“Caso o contrato não fosse assinado até o dia 29/08/2025, todo o processo e demais procedimentos internos de governança e compliance do Banco do Brasil para finalização da contratação precisariam ser reiniciados, o que causaria um grande atraso na assinatura do instrumento contratual, e, consequentemente, um grande prejuízo à CBV e à Comunidade do Voleibol, pois inviabilizaria a realização dos necessários investimentos em infraestrutura, campeonatos, capacitação e organização imprescindíveis”.