CBV e clubes discutem opções de formato para a Superliga
Opções estão sendo discutidas pela entidade e clubes
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e os clubes discutem nesta semana como será a Superliga 2020/2021. Nesta terça-feira, a entidade ouviu os representantes das equipes femininas. Hoje será a vez do masculino. Em pauta, formato, calendário e medidas de apoio, principalmente na parte logística.
Segundo apurou o Web Vôlei, os clubes femininos não estão alinhados sobre a forma de disputa. Uma das opções é repetir o formato de anos anteriores, com dois turnos e classificação para os playoffs. Por conta da pandemia do coronavírus, existe uma tentativa de montar a tabela com diminuição no número de viagens. Por exemplo: quando um time carioca for jogar em São Paulo, ele fará pelo menos dois jogos contra paulistas em sequência.
Existe ainda uma corrente temerosa com a manutenção do formato, algo que aumentaria o risco do contágio do coronavírus, além de uma teórica dificuldade de encontrar voos após a diminuição da malha aérea no país. Uma opção colocada em discussão é alterar o formato para “circuitos”, jogados em uma sede única. Uma tentativa de criar a “bolha”, algo que vem sendo feito com sucesso na NBA, por exemplo. Atletas e comissões técnicas isolados em um mesmo lugar, em um ambiente controlado e com menor risco de contaminação. Usar o Centro de Treinamentos da CBV, em Saquarema, foi uma das sugestões.
O início do Campeonato Brasileiro de futebol tem sido observado com atenção pelo vôlei para uma tomada de decisão. Com poucas rodadas disputadas, o número de jogadores contaminados passou de 40 nas três divisões e partidas já foram adiadas por conta da quantidade de casos positivos de coronavírus. Ter um protocolo rígido e eficiente é visto como essencial para minimizar problemas na temporada 2020/2021.
Sobre data para início, clubes e CBV discutem o início de novembro para a primeira rodada.
– Todos tivemos que nos adaptar e foi muito importante ter a colaboração e o trabalho dos clubes em conjunto com a CBV na construção do melhor formato possível para a competição. Ainda vamos discutir o regulamento na sexta-feira. Todos fizeram um trabalho excepcional, já temos um esboço de tabela e um plano B. Agora com um primeiro esboço vamos dar os próximos passos na organização – afirmou Renato D´Avila, superintendente de competições de quadra da CBV.
Os clubes também aguardam por uma definição da renovação de contrato da CBV com a Gol. O patrocínio garantia, em temporadas anteriores, ajuda logística essencial para os participantes. Como o setor aéreo foi uma das áreas mais atingidas pela pandemia, a continuidade do apoio, nos mesmos moldes, ainda é incerta, fazendo com que a preocupação dos clubes com um gasto extra seja grande.
Por Daniel Bortoletto e Patrícia Trindade