Cecilia Tait acende a pira do Pan de Lima
O vôlei marcou presença na Cerimônia de Abertura dos Jogos Pan-Americanos de Lima, na noite desta sexta-feira.
Cecilia Tait, ícone da principal geração da seleção peruana feminina, na década de 80, medalha de prata na Olimpíada de Seul-1988, teve a honra de acender a pira pan-americana, decretando oficialmente a abertura da competição.
Um dos principais momentos de uma cerimônia marcada pelo bom gosto, por boa música (finalizada com Despacito) e pela emoção dos peruanos em diversos momentos do evento.
#Lima2019: Que momento! Craque histórica do vôlei peruano, Cecilia Tait acende a pira pan-americana. Confira tudo sobre o Pan no https://t.co/u1mDYszz6V: https://t.co/F4GkKFflZ7 #PanNaRecordTV pic.twitter.com/Y5Cs5LN8Ll
— Portal R7.com (@portalR7) July 27, 2019
Para os menos experientes, vale uma apresentação da carreira de Tait. Apelidada de a “Canhota de Ouro”, ela foi protagonista em uma das maiores conquistas do esporte olímpico peruano: a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Na final contra a União Soviética, o Peru chegou a abrir 2 a 0 e teve 12 a 6 no terceiro set (na época as parciais acabavam em 15, com a vantagem). Levou uma improvável virada.
Aquela geração do Peru, dominante na América do Sul, foi ainda tricampeã continental (83, 85 e 87) e esteve duas vezes no pódio em Mundiais: prata em 1982 e bronze em 1986. No Pan, o Peru também esteve entre os melhores, com duas pratas (San Juan-79 e Indianápolis-87 e um bronze em Caracas-83).
Tait tinha ao seu lado outros grandes nomes, como Rosa Garcia, Natalia Málaga, Gina Torrealba, Gabriela Perez, entre outras.
A ponta de 1,83m atuou ainda no vôlei brasileiro, no time da Sadia, no início da década de 1990. Participou, inclusive, da conquista do Mundial de Clubes com a equipe dirigida pelo saudoso Inaldo Manta.
Joguei com Cecília Tait na Sadia. Atacante mais habilidosa que já vi.
— Ana Moser (@anabmoser) July 27, 2019
No Peru, virou exemplo não apenas pelo talento demonstrado em quadra. Filha de uma família muito pobre, morou durante toda a infância em uma comunidade carente, sem água encanada, energia elétrica e saneamento básico. E nunca esqueceu as origens.
Após encerrar a carreira, criou uma ONG para ajudar crianças carentes na região onde morou na infância e apresentando-as ao esporte. Depois passou a se dedicar à política e foi eleita para o congresso, com uma plataforma voltada ao jovens e ao esporte.
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