Champions: espinhoso caminho para as brasileiras
Vakifbank e Fenerbahce estão do lado mais difícil da chave
O chaveamento da reta final da Champions League feminina, após a definição de todas as quartas de final, ficou bem desequilibrado. O lado superior reúne quatro dos favoritos ao título e apenas um deles chegará à decisão. Do outro, um caminho bem atrativo para o Eczacibasi voltar a disputar o título.
Atual líder do Campeonato Turco, o time de Tijana Boskovic fez a melhor campanha da fase de grupos. E ser o primeiro cabeça de chave realmente rendeu privilégios. Nas quartas, o Eczacibasi duelará com o Rzeszow, da Polônia, responsável pela eliminação do Volero Le Cannet (FRA), da central Milka. Em condições normais de temperatura e pressão, a vaga na semi é bem previsível para a equipe turca.
Em tese, o Novara apareceria como favorito para ser o outro semifinalista. Mas o momento do time de Stefano Lavarini é dos mais instáveis. Karakurt foi suspensa, recebeu críticas da diretoria, já tem acerto com outro clube para 23/24, mas segue sendo a principal peça à disposição. Para complicar, o Stuttgart, da Alemanha, já mostrou nesta edição da Champions não ter medo dos times mais tradicionais. Atenção com a americana Krystal Rivers, principal pontuadora das alemãs. Independentemente de qual adversário sair deste duelo, o Eczacibasi ainda será o grande favorito para sair desta chave como finalista.
Do outro do chaveamento pode acontecer qualquer coisa nos duelos entre turcas e italianas: Vakifbank x Milão e Conegliano x Fenerbahce. Pelo retrospecto recente na própria Champions e em outras competições como o Mundial, Vakif e Cone despontam como favoritas para uma repetição de finais ainda nítidas na memória dos vôleifãs. Na última, as italianas se sagraram campeãs mundiais, no fim do ano passado, em plena Turquia, no primeiro reencontro de Haak e Egonu com os antigos times.
O Vakifbank ainda não encheu os olhos na temporada, dependendo muito de Gabi para funcionar como um time. E isso certamente faz o Milão e seu esquadrão americano (Larson, Thompson e Rettke) acreditarem numa eliminação precoce das atuais campeãs europeias. Já o Conegliano, por sua vez, é um time bem mais regular até aqui na temporada do que o Fener. Para o sucesso do time turco neste confronto, pesará bastante o talento individual. E disso ninguém dúvida com Macris, Vargas, Fedorovtseva, Erdem e Ana Cristina (se o Terzic deixar) em quadra.
Por Daniel Bortoletto