Chirichella
Home Destaques Chirichella sobre a Azzurra: “Lado humano tem faltado”
Destaques - Internacional - 7 de maio de 2025

Chirichella sobre a Azzurra: “Lado humano tem faltado”


Ao anunciar a convocação da seleção feminina da Itália para a Liga das Nações (VNL), nesta terça-feira (6/5), o técnico Julio Velasco revelou a ausência de algumas atletas renomadas, como Chirichella, Lubian, Bosetti, Bonifacio e Pietrini. E, segundo ele, algumas delas pediram dispensa, deixando no ar a possibilidade de que não voltassem mais neste ciclo.

E foi a meio de rede Cristina Chirichella a primeira a responder. Em entrevista ao site ivolleymagazine, a experiente jogadora do Conegliano garantiu não ter mais desejo de vestir a camisa da Azzurra, citando o corte antes dos Jogos Olímpicos de Paris e a “falta de lado humano” como decisivos.

“Honestamente, para mim a seleção terminou no ano passado, quando não fui convocada (para os Jogos de Paris). Foram anos muito difíceis, onde engoli muitas coisas amargas. Penso que, em alguns casos, o lado humano tem faltado. Em primeiro lugar, somos pessoas, mas muitas vezes isso é esquecido. Por enquanto, meu caminho na seleção nacional deve ser definido como fechado e tudo bem. Não me arrependo, não tenho remorso. Aos 31 anos, para mim não existe apenas vôlei. Tem mais, tenho um sonho, não sei se vai se concretizar. Agora só quero descansar, aproveitar as férias. Estou fisicamente bem, mas quero trabalhar em mim mesma, especialmente do ponto de vista psicofísico. Os últimos anos não foram fáceis, mesmo que esta temporada tenha me ajudado muito”, comentou Chirichella.

Na temporada 24/25, ela foi titular em praticamente todos os momentos no Conegliano ao lado de Fahr, deixando Lubian, outra selecionável, no banco. Com apenas uma derrota em 54 jogos, o time dirigido por Daniele Santarelli venceu as cinco competições disputadas: Champions League, Mundial, Campeonato Italiano, Copa Itália e Supercopa.

“Mais do que troféus, a partir desta temporada trago comigo valores humanos. Nós nos relacionamos não apenas como atletas, mas como pessoas. Isso fez a diferença. O clube, a equipe, as jogadoras, os torcedores: todos colocam o respeito e as relações humanas em primeiro lugar. A humildade de todo o ambiente fez a diferença. Este grupo era especial. Todos nós nos divertimos muito. Não sei se algum dia seremos capazes de recriar algo assim, mas vamos carregá-lo conosco para sempre”, analisou.