
Cinco vezes em que o Brasil de Bernardinho chocou o mundo
No universo das novas casas de apostas em 2025, prever um resultado esportivo com precisão exige mais do que estatística — requer conhecimento e atenção aos detalhes. Mas, entre 2001 e 2016, quando o assunto era vôlei masculino, uma coisa era certa: a Seleção Brasileira de Bernardinho estaria na final.
Nesse período, o Brasil disputou 20 finais em competições de alto nível e conquistou 13 títulos, em uma das maiores hegemonias já vistas em esportes coletivos. Entre as conquistas estão dois ouros olímpicos (Atenas-2004 e Rio-2016), três títulos mundiais (2002, 2006 e 2010), duas Copas do Mundo, três Copas dos Campeões e nada menos que oito títulos da Liga Mundial, além de duas pratas olímpicas. Foi uma geração marcada por disciplina, intensidade e fome de vencer — e que transformou o Brasil na principal potência do vôlei por mais de uma década.
A seguir, relembramos cinco momentos em que o Brasil de Bernardinho chocou o mundo e deixou seu nome gravado na história do esporte:
1 – Ouro olímpico em Atenas-2004
Doze anos após o primeiro ouro olímpico em 1992, o Brasil chegou aos Jogos de Atenas como favorito, mas com um novo comandante: Bernardinho. A final foi contra a poderosa Itália, e o Brasil não decepcionou: vitória por 3 sets a 1, com parciais de 25-15, 24-26, 25-20 e 25-22.
Com um time técnico e vibrante, liderado por Giba, Ricardinho, André Nascimento e Escadinha, o Brasil mostrou equilíbrio emocional e superioridade em quadra. Foi o primeiro ouro olímpico da era Bernardinho, e o início de uma sequência impressionante.
2 – Tricampeonato mundial (2002, 2006 e 2010)
Sob o comando de Bernardinho, o Brasil conquistou três títulos mundiais consecutivos, um feito inédito. Em 2002, na Argentina, derrotou a Rússia por 3 a 2 em uma final tensa. Em 2006, no Japão, venceu a Polônia por 3 a 0 com autoridade. Em 2010, em Roma, na Itália, bateu Cuba, também por 3 a 0, mesmo com uma equipe renovada.
A consistência, mesmo com mudanças no elenco, impressionou o mundo. Não era apenas um time vencedor – era uma seleção dominante, que sabia se reinventar.
3 – Octacampeonato na Liga Mundial em 2010
A Liga Mundial era o principal torneio anual do voleibol masculino — e o Brasil transformou a competição em território próprio. Em 2010, o time venceu a Rússia por 3 sets a 1 na final em Córdoba, na Argentina, com parciais de 25-22, 25-22, 16-25 e 25-23.
Esse foi o oitavo título da Liga Mundial na era Bernardinho, consolidando o Brasil como a maior campeã da história da competição. Era a prova de que, mesmo após quase uma década no topo, a seleção mantinha sua fome de vencer e sua capacidade de decidir.
4 – Ouro olímpico na Rio-2016
A pressão era gigante. Jogando em casa, diante da torcida e após duas pratas seguidas (2008 e 2012), o Brasil chegou para os Jogos Rio-2016 com sede de revanche — e com Bernardinho mais motivado do que nunca. Na final, contra a Itália, a seleção brilhou: 3 sets a 0, com parciais de 25-22, 28-26 e 26-24. Foi o último título de Bernardinho à frente da seleção masculina — e a consagração de um trabalho que uniu talento, estratégia e entrega como poucos na história dos esportes coletivos.
5 – Final histórica na Liga Mundial de 2003
Em 2003, a fase final da Liga Mundial, em Madrid, na Espanha, foi marcante. Na decisão contra a Sérvia, um dos jogos mais tensos já vistos. O título brasileiro foi conquistado com um tie-break finalizado em incríveis 31 a 29.
Aquela partida se tornou símbolo do espírito da equipe: garra, foco e uma confiança inabalável, marca registrada das seleções de Bernardinho.
O legado de uma era
Entre 2001 e 2016, o Brasil não apenas venceu — dominou. Foram títulos, finais, atuações memoráveis e uma geração que virou referência mundial. Bernardinho não construiu só um time vencedor. Criou uma mentalidade. E isso, mais do que qualquer troféu, é o que realmente choca o mundo.