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Mundial de Clubes - 8 de dezembro de 2019

Civitanova bate o Sada/Cruzeiro e conquista o inédito título do Mundial de Clubes


Depois de bater na trave nos dois anos anteriores – quando chegou à final, mas ficou com dois vice-campeonatos consecutivos -, o Civitanova (ITA) conquistou o inédito título de Mundial de Clubes ao derrotar o Sada/Cruzeiro por 3 sets a 1 – parciais de 25-23, 19-25, 31-29, 25-21 -, em 2h24min de partida, diante de um Divino Braga lotado, na tarde deste domingo, na cidade de Betim (MG).

O time celeste buscava o tetracampeonato, após levantar a taça nas edições e 2013, 2015 e 2016. O Trentino (ITA) é o maior vencedor da história do Mundial de Clubes, com cinco ouros ( 2009, 2010, 2011, 2012, 2018). O Cruzeiro é o segundo maior ganhador. O Civitanova caiu, ano passado, para o Trentino, e em 2017 para o Zenit Kazan e leva para a Itália a única taça que falta em sua sala de troféus.

Inédito

Para o levantador Bruninho, do Civitanova, foi também a conquista do único título que faltava na carreira vitoriosa do capitão do Brasil. Tanto nos clubes quanto na Seleção, o camisa 1 já ganhou tudo que é possível dentro do voleibol.

Na disputa pelo bronze, na abertura da rodada, no Divino Braga, o Zenit Kazan bateu o Al Rayyan, do Qatar, por 3 a 0 e completou o pódio.

Simon foi vaiado pela torcida do Cruzeiro (FIVB)

Destaques

O ponteiro cruzeirense Facundo Conte foi o maior pontuador do jogo, com 21 pontos (18 de ataque, 2 de bloqueio e 1 de saque). Evandro marcou 12, todos de ataque, Isac contribuiu com 10 e Otávio com 9. Perrin não começou bem e foi substituído por Filipe. O canadense marcou 1 ponto e o camisa 18, 3.

Pelo Civitanova, os ponteiros Leal e Juantorena marcaram 20 pontos cada um. O brasileiro fez 17 de ataque e 3 de bloqueio, enquanto o cubano naturalizado italiano marcou 15 de ataque, 1 de bloqueio e 4 saque. O oposto Rychlicki e o central cubano Simon pontuaram 9 vezes cada um.

A torcida enalteceu Leal antes da partida, aplaudindo o jogador que participou da conquista dos três títulos mundiais e de cinco Superligas. Mas, não teve a mesma complacência com Simon, que deixou o clube em 2018 em uma rescisão de contrato turbulenta, ainda não digerida pelo torcedor celeste. Apesar da reverência à Leal, ao logo do jogo pediam “Saca no Leal” lembrando que o fundamento é o calcanhar de aquilos do ponteiro.

Rychlicki ataca contra o bloqueio de Conte (FIVB)

Detalhes

O Cruzeiro perdeu os dois sets mais equilibrados da partida – o primeiro e o terceiro -nos detalhes. Depois da derrota na primeira parcial, o time voltou bem no segundo. O jogo seguia equilibrado quando, em ótima passagem do ponteiro Filipe pelo saque, os donos da casa abriram 18 a 14 levando a arquibancada do Divino Braga à loucura. Com muito volume de jogo e virando bem os ataques tanto pelo meio quanto pelas extremidades, os donos da casa empataram a partida e mostraram que estavam vivos na busca do tetra.

O terceiro set durou nada menos que 50 minutos. Foi um show de jogadas incríveis, belas defesas e muita habilidade no ataque de ambos os times. Conte marcou 10 pontos na parcial, e Leal, 11. O ponteiro da Seleção Brasileira foi decisivo na reta final. Com o jogo empatado em 29 a 29, ele foi para o saque e soltou duas bombas indefensáveis para o líbero Lukinha, confirmando a vitória italiana na parcial.

A derrota abalou o Cruzeiro emocionalmente. O Civitanova abriu 5 a 2 no quarto set e esteve à frente do placar na parcial durante o tempo todo. O Cruzeiro chegou a encostar, diminuindo a diferença para dois pontos no meio do set, com ótima combinação entre Cachopa e Isac, principalmente, mas prevaleceu o maior poderio de ataque dos italianos, que fecharam o set em 25 a 21 e o jogo em 3 a 1.

Festa italiana (FIVB)

Foi um jogo de muitos erros: 76, com 38 para cada lado. Os números mostraram o equilíbrio do jogo. O Cruzeiro marcou 50 pontos de ataque, contra 49 do Civitanova. Os italianos marcaram 7 pontos de bloqueio, e a equipe mineira, 5. Cada time marcou 6 pontos de saque.

Sada/Cruzeiro: Cachopa, Evandro, Conte, Perrin, Isac, Otávio e Lukinha (líbero). Entraram: Filipe, Luan, Cledenilson e Rodriguinho. Técnico: Marcelo Mendez

Civitanova: Bruninho, Rychlicki, Juantorena, Leal, Simon, Bieniek e Marchisio (líbero). Entraram: Amir Ghafour, Anzani, Jiri Kovar, D´Hulst. Ferdinando Di Giorgi

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