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Destaques - Internacional - Seleção Brasileira - 16 de março de 2020

Civitanova pede tempo e não libera dupla brasileira


O Civitanova não aceitou o pedido de retorno do levantador Bruninho e do ponteiro Leal para o Brasil. Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, o clube pediu que ele permaneçam na Itália até dia 3 de abril, inicialmente.

A tentativa de “repatriamento”, motivado pela situação cada vez mais grave do coronavírus no país, partiu de um movimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Em três semanas, a Liga Italiana voltará a se reunir e definirá se o campeonato local recomeçará ou seguirá parado.

Em contato com o Web Vôlei, Bruninho explicou a situação:

– O Comitê tinha entrado em contato para entender a nossa situação e falei com o Leal. Eles estão fazendo isso com todos os atletas do Brasil que estão no exterior. Muitos estão voltando, mas aqui o clube é totalmente contrário à nossa volta. Diz que seria uma quebra de contrato. A gente tem que entender neste momento – comentou.

O levantador admite que o momento de explosão dos casos de coronavírus na Itália é temeroso:

– É lógico que eu gostaria de voltar em um momento como esse, com o nível de contágio crescendo cada vez mais aqui na Itália. A gente tem um pouco de medo. A vontade era voltar para o Brasil, mesmo sabendo que voltando teríamos de fazer quarentena. Mas prefiro estar em casa do que estar aqui. A situação é essa. Mas a gente vai ficar. No dia 3 de abril teremos mais uma reunião – disse Bruninho.

Ele, porém, diz entender o lado dos italianos:

– Apesar da vontade de voltar, de estar mais perto da família neste momento complicado aqui na Itália, a gente tem de entender, ser profissional, respeitar e esperar. Nesse momento muita gente fica pensando nos interesses próprios, interesses do campeonato, dos patrocinadores, mas esquece o mais importante, que é a saúde.

Por fim, Bruninho deixou um recado para os brasileiros sobre o coronavírus:

– Espero que no Brasil as pessoas possam se conscientizar cada vez mais rápido de que o negócio é sério.