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Destaques - Mundial de Clubes - 10 de dezembro de 2021

Civitanova reage de forma espetacular e está na final

Segundo finalista do Mundial sairá do duelo brasileiro Cruzeiro x Natal


O Civitanova esteve nas cordas, parecendo um boxeador prestes a ser nocauteado. Mas reagiu na reta final do quarto e do quinto sets para vencer o Trentino por 3 a 2 (25-20, 22-25, 23-25, 25-20 e 21-19) e se garantir na final do Campeonato Mundial masculino de clubes, em Betim (MG).

Neste sábado, às 20h30, a disputa pelo ouro do Mundial será contra o vencedor de Sada Cruzeiro e Funvic/Natal.

O primeiro set teve um dono: Marlon Yant Herrera. O ponta cubano de 20 anos simplesmente doutrinou. O camisa 23 do Civitanova recebeu seis bolas para atacar e colocou todas no chão. Ainda pontuou uma vez no saque e outra no bloqueio. Em geral, a virada de bola dos atuais campeões mundiais foi impressionante. Lucarelli e Simon receberam cinco bolas cada e pontuaram quatro vezes cada. E tal regularidade ofensiva não deu qualquer brecha para o Trentino respirar, apesar dos seis pontos de Michieletto.

O início da segunda parcial foi tumultuado. Nos primeiros pontos, o Civitanova reclamou bastante com a arbitragem. Um dirigente chegou a gritar: “É um juiz de vôlei ou de handebol?”, reclamando de conduções não marcadas de atletas do Trentino. O time de Angelo Lorenzetti, por sua vez, comandou o placar do início ao fim. Lavia e Lisinac apareceram bem mais no ataque, algo que faltou em outros jogos, deixando o duelo italiano empatado em 1 a 1.

O panorama do terceiro set era semelhante ao do segundo. Trentino na frente, mas sem abrir mais do que dois pontos. Com 14-15 no placar, Gianlorenzo Blengini colocou Zaytsev em quadra na troca simples com Gabi Garcia. O duelo seguiu ponto lá, ponto cá até a virada do Civitanova em um bloqueio de Simon em Lisinac. No lance seguinte, Michieletto com uma grande defesa impediu a abertura de uma vantagem. Nos momentos decisivos, porém, os campeões mundiais falharam: em uma largada ruim de Anzani e um ataque na rede de Yant. E assim o 25-23 garantiu a virada do Trentino.

Sabe quando parece que a vaga foi para o brejo, como diz o ditado? Era o que parecia o destino do Civitanova. O regular Trentino seguia dominante e, após bloquear Lucarelli, chegou a abrir 18 a 16. Mas a reação aconteceu e com importante contribuição do brasileiro no saque, que saiu de lá com sua equipe com quatro de frente: 22 a 18. Daí para frente foi administrar para forçar o quinto set.

Erros no início do tie-break custaram caro para o Civitanova. Ataque para fora, passe errado, invasão e o placar já apontava 5 a 2 para o Trentino.  Ela chegou a 9 a 5 e aquela mesma vaca parecia atolada no brejo. E não é que o Civitanova reagiu de novo. Um block de De Cecco, duas cravadas de Simon e o placar já estava 13 a 11. Mais tinha emoção ainda. Zaytsev acertou a antena e perdeu o primeiro match point. Yant foi bloqueado na sequência e perdeu o segundo. Daí foi a vez de ter match point para um, match point para outro, e emoção nas alturas. Mas com um ataque de Lucarelli, a vitória foi confirmada e o time do brasileiro vai defender o título conquistado em 2019.

Por Daniel Bortoletto, em Betim