COB exalta mulheres no balanço de Paris-2024
Comitê Olímpico do Brasil (COB) analisou a participação em Paris
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) fez, neste domingo (11/8), um balanço da participação do país nos Jogos de Paris. E enalteceu o desempenho histórico das mulheres na campanha de 20 medalhas nessa edição: três de ouro, sete de prata e dez de bronze. Foi a segunda melhor campanha da história, superando o desempenho na Rio-2016 no número total de medalhas, atrás apenas de Tóquio-2021.
Maioria na delegação brasileira pela primeira vez, as mulheres brilharam. Ouro de Beatriz Souza, no judô, e de Ana Patrícia e Duda, no vôlei de praia. A prata do futebol e da surfista Tati Weston-Webb, os bronzes com Rayssa Leal, no skate, Larissa Pimenta, no judô, Bia Ferreira, no boxe, e do voleibol. E, claro, sem esquecer da ginasta Rebeca Andrade, agora a maior medalhista da história do Brasil, com seis pódios no total. Foram quatro medalhas – ouro no solo, prata no individual geral e no salto e bronze por equipes.
– Queremos sempre ultrapassar barreiras, vencer sempre. Conseguimos quebrar recordes, principalmente quanto ao esporte feminino. Isso nos deixa bastante satisfeitos – disse Rogério Sampaio, chefe da Missão Paris 2024 e diretor-geral do COB.
– Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. O que vimos aqui em Paris no esporte, também reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo – comentou Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do COB.
O COB ainda fez questão de citar o “quase”: atletas que ficaram a uma vitória do pódio, como, por exemplo, Hugo Calderano, do tênis de mesa, Rafaela Silva e Rafael Macedo, do judô; Jucielen Romeu, Keno Machado e Wanderley Pereira, do boxe, e Giullia Penalber, da luta livre.
– Pequenos detalhes fazem muita diferença entre uma medalha de ouro, de prata, de bronze, um quarto ou um quinto lugar. Se algumas ondas, alguns ventos e algumas situações não tivessem acontecido, a gente teria ainda mais motivos para comemorar – disse Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB.
FUTURO
No balanço de hoje, os Jogos de 2028 e 2032 tiveram espaço:
– Se o atleta está se preparando de um lado, estamos nos preparando do outro. Em 2023, fizemos a primeira visita a Los Angeles. Temos um consultar local bastante engajado na procura de soluções concretas. Esperamos até o final do ano já termos uma ideia das instalações que irão prover toda a infraestrutura para os atletas. Para Brisbane 2032, já começamos a fazer reuniões, uma aqui em Paris, para entender onde será a Vila, perímetro de segurança, e a questão do fuso de 12 ou 13 horas, que exigirá um período de aclimatação bem grande, com estruturas que serão bastante concorridas. Então, temos que trabalhar com antecedência, montar um plano de ação para chegarmos o mais preparados possíveis para esses Jogos – falou Joyce Ardies, subchefe da Missão Paris 2024 do COB e gerente de Jogos e Operações Internacionais.