Coco, sobre derrotas na temporada 19/20: lesões e fator “Tandara” pesaram
Em live da página “No Bloqueio” na quarta-feira à noite, o técnico do Dentil/Praia Clube Paulo Coco fez um balanço da temporada passada e manteve o mistério em relação à próxima.
– Pelo que sei, as contratações estão bem encaminhadas – desconversou o treinador, evitando confirmar as contratações.
– Não é da minha responsabilidade fazer anuncio das contratações. Quem tem de anunciar são os patrocinadores. Acho que está próximo. Vamos esperar o Dentil anunciar. Espero que seja o mais rápido possível – completou o treinador, explicando que ainda não há previsão de retorno aos treinos, já que o Praia Clube está seguindo os protocolos de tratamento da pandemia do estado de Minas Gerais. E, como o coronavírus chegou a Minas mais tarde que em estados como Rio e São Paulo, provavelmente Praia e Itambé/Minas vão se apresentar mais tarde que os clubes paulistas e cariocas.
Campeão da Superliga 2017/2018, na final eletrizando sobre o Sesc RJ, Paulo Coco falou sobre a temporada 2019/2020. O Praia começou a temporada de forma avassaladora, conquistando o torneio amistoso Rio-Minas, depois comemorando o Campeonato Mineiro – acabando com a hegemonia de dois anos do Itambé/Minas – e na sequência foi campeão da Supercopa, novamente em cima do rival de Belo Horizonte. Mas, os principais títulos da temporada acabaram não indo para Uberlândia.
O time terminou a Superliga na primeira colocação, a um ponto do Sesc RJ, mas a competição foi encerrada antes da realização dos palyoffs por conta da pandemia do novo coronavírus, em março. A equipe do Triângulo chegou à final da Copa Brasil, em fevereiro, mas foi superada pelo Sesc RJ e perdeu também a decisão do Sul-Americano para o Minas, em casa.
Perguntado se o Praia deveria se considerar campeão da Superliga por ter terminado a temporada em primeiro lugar, Paulo Coco ponderou:
– Acredito que a discussão deve ter sido levantada por diferentes pontos… é difícil a gente falar, porque obviamente o campeonato não foi até o final. Mas, até onde foi, nós terminamos na primeira colocação, que foi a fase de classificação. Se tínhamos direito ou não de sermos considerados campeões é difícil… se a gente fala, vai tomar pedrada, porque obviamente poderia mudar no playoff. Mas, acho que não vem ao caso, historicamente falando, até o momento em que terminou, dentro dos nossos objetivos, estávamos caminhando bem, terminamos em primeiro lugar – disse.
– Tivemos uma competição que foi o Sul-Americano, que para nós não foi muito bem. Tivemos uma situação de lesões naquele momento que nos prejudicou, mas até então vinha sendo uma temporada excelente. Fomos bicampeões da Supercopa, conseguimos reconquistar o Campeonato Mineiro que tinha dois anos que não conquistávamos, fizemos uma brilhante final de Copa Brasil, onde perdemos nos detalhes para o Sesc Rio, numa noite inspiradíssima da Tandara, que desequilibrou, inclusive batendo o recorde de número de pontos em jogos no Brasil – relembrou.
Paulo Coco lamentou que Tandara estivesse tão inspirada naquela partida – a oposta marcou 40 partidas na vitória do time carioca por 3 sets a 1, de virada. Relembre aqui como foi o jogo.
– A Copa Brasil foi mérito do Sesc. Jogo nos detalhes, um jogo muito difícil. A gente teve condição de abrir no terceiro set, mas não conseguiu e não conseguiu parar a Tandara. No Sul-Americano já não. Não tirando o mérito do Minas, o Minas venceu com mérito, mas pensando do nosso lado, como clube, foi muito difícil a situação de ter perdido… a situação de não poder usa a Fawcett, a Priscila (Pri Daroit) que vinha jogando muito bem no início da semana e sofreu um estiramento e só teve condição de jogar final; além a Fernanda (Garay), que no jogo anterior contra o Sesc teve um estiramento no ombro e foi conseguir atacar só no jogo contra o Minas, então acumularam situações grandes de lesão. Obviamente, não é desculpa. Mérito do Minas, mas infelizmente, acontece – disse Paulo Coco.