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Colunista convidado - Superliga - 19 de novembro de 2021

Coluna da Virna: Praia e Minas vivem momentos diferentes


SEXTOU COM PÃO DE QUEIJO
 
Vamos falar sobre o jogão que vai acontecer nesta sexta-feira, às 21h pela quinta rodada da Superliga Feminina. Minas e Praia se enfrentam em Belo Horizonte, em mais um capítulo de muita rivalidade.
 
Vai ser o quarto encontro entre as duas equipes nesta temporada. Foram três jogos, três vitórias do Praia e três títulos em cima do maior rival – Campeonato Mineiro, Supercopa e Sul-Americano de Clubes.
 
O Praia começou a temporada em um ritmo muito forte, o que não é normal. Colhe os frutos de ter um grupo que joga junto já há um tempo. O entrosamento já está lá. No time titular, a única mudança foi a saída de minha querida Fê Garay para a entrada da eficiente Kasiely.
 
Kasiely não é jogadora de pontuar muito. Mas faz o time jogar porque dá equilíbrio ao passe e ao fundo de quadra. Todo time precisa de uma ponteira com essas características.
 
Além disso, Anne Buijs e Martinez, que alternavam bons e maus momentos na temporada passada, assumiram a posição de protagonistas no ataque. E Claudinha está impecável. Precisa como nunca, veloz, jogando com alegria e criatividade. Com o passe na mão, vai continuar fazendo estrago.
 
O Praia joga como música. Começou a temporada com sangue no olho. Porque perdeu todos os títulos da temporada anterior justamente para o Minas. Perdeu títulos em partidas em que poderia muito bem ter ganho: foi derrotado nas finais da Copa Brasil e da Superliga no tie-break, com placares apertadíssimos. E jogando bem. Sei bem como é esse sentimento de estar com o rival entalado na garganta.
 
O Minas está em outro momento de preparação. Sofreu com o covid de três titulares no início de outubro e ainda precisa encontrar o seu jogo, ajustar o passe e o ataque pelas pontas e pela saída de rede para só depois pensar em vencer o maior rival. O desafio do time do Nicola Negro, antes de tudo, é vencer a si mesmo. Vencer a insegurança e as críticas das redes sociais, cada vez mais inquisitoras.
 
Mas, nada como um clássico para fazer qualquer jogadora se superar e reencontrar o seu jogo. Sextou com vôlei e pão de queijo. Quem vem?