Coluna: O nível europeu está altíssimo
O Campeonato Europeu feminino antecipa a dificuldade dos Jogos Olímpicos de Tóquio
O título desta coluna não é uma boa notícia para a Seleção Brasileira feminina.
O Campeonato Europeu, com a final marcada para hoje, mostrou um nível muito alto. Suficiente para uma previsão para a Olimpíada de Tóquio com dez meses de antecedência: será o torneio mais parelho da história do vôlei olímpico para as mulheres.
Nesta patota europeia, a Sérvia aparece como principal destaque. Campeã continental em 2017 e mundial em 2018, a equipe está na decisão mais uma vez. Um grupo cada vez mais acostumado a decidir, que soube aprender com a derrota na final olímpica em 2016, no Rio, e chegará em Tóquio como um dos favoritos ao ouro. Maja Ognjenovic. Tijana Boskovic e Brankica Mihajlovic formam um tripé de respeito.
Saber vencer as grandes competições é o que falta para Turquia e Itália. As turcas têm, neste domingo, a chance de mostrar que aprenderam a lição. No ano passado, ficaram a um set da conquista da Liga das Nações, mas perderam de virada para os Estados Unidos. No Europeu, contam com o fator casa, já que a decisão será em Ankara, com mais de 10 mil fanáticos torcedores empurrando o time.
A Azzurra, por sua vez, perdeu para a Sérvia na semi, neste sábado. Mesma rival da final do Campeonato Mundial do ano passado. Egonu, Sylla & Cia. também estiveram a um set do título, mas não conseguiram fechar e ficaram com a medalha de prata. Para turcas e italianas, faltou maturidade.
Em um patamar um pouco mais abaixo deste trio, estão Polônia, Rússia e Holanda. Todas elas com potencial, jogadoras com ataque explosivo e ainda espaço para crescer. Um dia perfeito de qualquer uma destas seleções é suficiente para vencer as favoritas.
Destas seis potências europeias, Sérvia, Itália e Rússia já carimbaram o passaporte olímpico. As demais jogarão em janeiro pela última vaga possível para o continente. Ao incluir, China, Estados Unidos e Brasil neste grupo, serão sete seleções com condições de sonhar com o ouro em Tóquio-2020. A diferença entre cair nas quartas de final e subir ao lugar mais alto do pódio deverá ser mínima.
TEXTO DE DANIEL BORTOLETTO, PUBLICADO INICIALMENTE NO LANCE!
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