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Destaques - Seleção Brasileira - Superliga - 12 de maio de 2019

Coluna: Título de Taubaté com sabor especial para dupla


O abraço de Renan Dal Zotto em Lucarelli foi uma das imagens mais marcantes da comemoração do inédito título do EMS/Taubaté na Superliga masculina.

Eles já sabiam ali, instantes depois da vitória por 3 a 1 sobre o Sesi, em Suzano, na noite de sábado, o quanto aquele momento era especial.

O treinador surpreendeu ao assumir o comando do até então oscilante time paulista com três rodadas a disputar na fase de classificação, em fevereiro, logo após a decepcionante campanha na Libertadores. Um risco, já que o tempo para trabalhar antes dos playoffs era pequeno. Um risco ainda maior por Renan ser o treinador da Seleção masculina. Poderia ter saído com a imagem arranhada, uma vez que Taubaté não tinha, no momento da mudança no comando, uma performance condizente com o milionário investimento.

O ponta, por sua vez, viu a temporada 2018/2019 como reinício. Passou quase um ano em recuperação de uma delicada contusão no tendão de Aquiles. Sofreu para recuperar a confiança no salto e voltar a ter o mesmo alcance no ataque. E precisou tomar uma importante decisão: abrir mão da disputa de um Campeonato Mundial, com a Seleção, por julgar não estar no nível necessário para uma competição tão importante. Teve respaldo de Taubaté, preocupado em ter novos problemas com seu jogador mais caro. Sem ele, o Brasil, com Renan no comando, foi vice. E Lucarelli pode completar seu programa de reabilitação.

Hoje dá para dizer que ambos acertaram nas decisões. O título dá para Renan Dal Zotto um novo status. Ele assumiu a Seleção no lugar de Bernardinho, para surpresa de muitos, sem estar na ativa. Era dirigente da CBV na transição ao término da Rio-2016. Tinha a confiança da entidade, mas não tinha trabalhos recentes para chancelar tal escolha. Já Lucarelli volta, pouco mais de um ano antes da Olimpíada de Tóquio, ao estágio de protagonista. Tem 27 anos e potencial para buscar um patamar ainda mais alto em nível internacional.

Em ambos os casos, ótimo para o clube e, espera-se que seja excelente para a Seleção.

Por Daniel Bortoletto

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