Com titulares, Brasil vence a Venezuela sem dificuldade
Depois de fazer testes nos dois primeiros amistosos contra a Venezuela, a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei voltou a vencer os rivais sul-americanos neste domingo com o time que pode ser considerado o titular nos Jogos de Tóquio: Bruninho, Wallace, Lucão, Maurício Souza, Leal, Lucarelli e Thales. O Brasil repetiu o placar dos jogos-treinos de sexta-feira e sábado e derrotou os venezuelanos por 3 a 0 – parciais de 25-15, 25-15, 25-19, na Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
A delegação brasileira embarca nesta noite para a Itália, onde disputará a Liga das Nações a partir de sexta-feira (28.05), na bolha de Rimini. Serão cinco semanas de disputa antes das finais. A Seleção estreia contra a Argentina, a partir das 16h (horário de Brasília), com transmissão pelo SporTV. Confira aqui a tabela da VNL.
Ao contrário dos demais amistosos, o técnico Carlos Schwanke – que vai ser o treinador do Brasil na Liga das Nações no lugar de Renan Dal Zotto, ainda em processo de recuperação do COVID-19 – fez poucas mudanças na equipe. Se, nos dois primeiros jogos, o objetivo era dar chance a todo o grupo, hoje o time principal teve mais chance de jogar e ganhar entrosamento.
O central Flávio entrou no lugar de Maurício Souza no terceiro set e Cachopa e Felipe Roque entraram na inversão do 5 x 1 no segundo. Alan não foi relacionado. Ele disse, em entrevista ao SporTV que sentiu uma “fisgada” no joelho e estava sendo poupado para a Liga das Nações. Maurício Borges, Isasc e Douglas Souza entraram no final do terceiro set.
Este terceiro jogo expôs, provavelmente, as duas únicas dúvidas de Renan dos 12 que vão para Tóquio: na saída de rede e em relação ao terceiro central. No meio, Isac e Flávio – com Pinta correndo por fora – brigam pela terceira vaga. Lucão e Maurício Souza são, indiscutivelmente, os donos da posição. Na saída, Wallace, Alan e Felipe Roque estão no páreo, com os dois primeiros em vantagem.
Leal foi eleito o melhor em quadra e faturou o Troféu Viva Vôlei:
– Os amistosos foram bons para chegarmos na VNL com um pouco de ritmo na competição. Todo mundo jogou para chegar bem na Itália na segunda-feira. Sempre é legal representar o Brasil. O time ainda tem de melhorar muitas coisas, como a combinação do jogo – disse o camisa 9 do Brasil, que na próxima temporada vai trocar o Civitanova pelo Modena – vai jogar novamente ao lado de Bruninho.
O Brasil jogou bem, dominando o jogo do início ao fim nos dois primeiros sets. No terceiro, a Venezuela forçou bem o saque e chegou a fazer 14 a 12 . Os pontos positivos foram a boa atuação de Wallace e o ótimo entrosamento de Bruninho com Lucão e Maurício Souza pelo meio. Os três atuaram juntos na última Superliga no EMS Taubaté Funvic e mantiveram a química. Lucão atacou, novamente, uma bola pipe pelo meio – a exemplo do que já havia acontecido no amistoso de sexta, mostrando que pode ser uma boa arma para o Brasil quando está no saque.
Leal e Lucarelli foram bem, mas ainda é possível ver que falta o entrosamento maior em relação ao tempo de bola. Com Wallace, a bola fluiu melhor. Normal, já que o time não atua junto com essa formação desde outubro de 2019 – quando o Brasil conquistou a Copa do Mundo. O passe do saque flutuante, que já tinha dado trabalho para a Seleção na Liga das Nações e na Copa do Mundo de 2019 voltaram a incomodar em alguns momentos, mas nada que comprometesse o desempenho geral. O saque foi outro ponto positivo da Seleção neste domingo.
A delegação brasileira embarca hoje à noite com 16 jogadores: os levantadores Bruninho e Cachopa; os opostos Wallace, Alan e Felipe Roque; os centrais Maurício Souza, Isac, Flávio e Matheus Pinta; os ponteiros leal, Lucarelli, Douglas Souza, Maurício Borges e Vaccari e os líbero Thales e Maique. A partir da terceira semana, Matheus Pinta e Vaccari voltam e Lucão e João Rafael se juntam ao grupo na Itália. O camisa 16 da Seleção vai ficar no Brasil para acompanhar o nascimento da filha – previsto para o dia 3 de junho – e segue depois para Rimini.
O capitão Bruninho falou da importância dos amistosos:
– A gente sabia que os amistosos eram importantes para ganhar ritmo de jogo, sentir a camisa. A Venezuela é uma equipe que força bastante o saque e foi interessante para a gente trabalhar. Falta um pouco de entrosamento, foi primeiro dia com Leal e Lucarelli e vamos aos poucos azeitando o entrosamento. Não jogávamos juntos desde 20129 – disse o campeão olímpico nos Jogos do Rio-2016.