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Internacional - 24 de setembro de 2022

Como é legal ver a Tailândia jogar!

Uma análise de Daniel Bortoletto sobre a estreia da Tailândia diante da Turquia


Logo na abertura do segundo dia do Campeonato Mundial feminino, neste sábado, o vôleifã foi brindado com um jogo muito legal de ser assistido: Turquia x Tailândia, já candidato a um dos melhores da competição. E muito deste entretenimento foi dado pelas tailandesas.

Como é bacana ver o time do Danai “sopa de letrinhas” Sriwatcharamethakul atuar! Não quero ficar presos apenas à alegria contagiante das simpáticas e carismáticas jogadoras dentro e fora das quadras, algo que virou marca registrada na última VNL. Meu ponto aqui é o estilo tailandês de jogar.

Além do conhecido volume de jogo já tradicional da escola asiática, a Tailândia traz ao vôlei atual um leque único de jogadas de ataque. Muitas vezes essa diversidade desnorteia block e defesa adversários. O rally está longo, disputado, emocionante e termina com uma meia bola atacada da saída de rede pela ponteira. Ou a ponteira da entrada vem bater uma bola no lugar da central.

A Tailândia faz, atualmente, seu rival do outro lado da quadra pensar o tempo todo. E o desgaste psicológico é enorme para duas horas e meia de um jogo assim. Neste sábado, a Turquia foi colocada à prova. E sucumbiu ao perder por 3 sets a 2 (17-25, 31-29, 22-25, 25-19  e 15-13), para desespero de Giovanni Guidetti no banco de reservas.

Moskri Catchu-On terminou como a maior pontuadora, com 33 acertos, 28 deles no ataque. Karakurt, em dia irregular, veio atrás com 24, sendo três deles em aces. O principal diferencial entre os fundamentos a favor das turcas foi o bloqueio, com 15 pontos, alguns decisivos para tentar reagir no tie-break.

É difícil falar o quanto as asiáticas poderão ir longe neste Mundial com tendência de tanto equilíbrio. Mas tenho certeza de que nenhum adversário vai se sentir à vontade em quadra nos duelos com as alegres e competentes tailandesas (aqui a lista de transmissões para se programar para ver mais vezes a Tailândia).

Por Daniel Bortoletto