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Praia - 11 de outubro de 2023

Copa do Mundo de vôlei de praia: agora é ganhar ou ganhar

Fase eliminatória começa nesta quarta-feira com oito duplas brasileiras em ação


A Copa do Mundo de vôlei de praia 2023, no México, chega à fase eliminatória com oito das nove duplas brasileiras que iniciaram a competição ainda na disputa pelo pódio, e por importantes pontos na corrida olímpica para Paris 2024. Nesta quarta-feira (11/10) os times do Brasil entram em quadra e cada partida é decisiva. Para cinco destes atletas a experiência vai muito além de disputar o principal evento da temporada. Arthur Lanci, Andressa, Vitória, Tainá e Vic têm títulos mundiais nas categorias de base, mas estreiam na disputa principal.

Em Campeonatos Mundias de base, que são realizados desde 2001, o Brasil conta com 23 títulos (oito na categoria sub-19 e 15 na categoria sub-21), enquanto no adulto, que teve a primeira edição realizada em 1997, são 13 títulos para duplas brasileiras. Dos 18 atletas brasileiros que iniciaram a competição, 13 têm títulos mundiais na base, além dos cinco estreantes na edição atual, Carol Solberg, Bárbara Seixas, Duda, Ana Patrícia, Renato, Pedro Solberg, Guto e George.

– O Brasil tem uma tradição de revelar talentos, nesta Copa do Mundo por exemplo são muitos atletas que conquistaram títulos mundiais na base e hoje representam nosso país entre os melhores do mundo. Uma das funções de nossa comissão é manter este legado, cuidar da transição entre base e adulto – disse Leandro Brachola, supervisor técnico da comissão técnica de vôlei de praia da CBV.

Veja o depoimento de alguns deles:

Arthur Lanci, 27 anos, campeão mundial sub-19 (2014) e sub-21 (2016)
– Um dos nossos maiores objetivos deste ano era a classificação para a Copa do Mundo, e quando ela veio, senti uma mistura de emoções. Por um lado, a felicidade de ter conseguido a vaga na disputa, e por outro o nervosismo com a pressão de representar o Brasil na maior competição que eu já participei. Mas estar ao lado do Evandro me traz uma tranquilidade e confiança. Ter sido campeão na base ajuda a lidar com essa pressão. Hoje tem muitos atletas da minha geração competindo.

Andressa, 26 anos, campeã mundial sub-19 (2014)
– Meu primeiro pensamento foi, sempre acredite! Foi um misto de sensações muito especiais, uma sensação de meta alcançada, com gratidão pelo bom trabalho em equipe e do time. Com relação ao Campeonato mundial de base que fui campeã em 2014, me traz uma maravilhosa lembrança de alegria e de muita raça. Então trago comigo o mesmo sentimento, mas com o adicional da experiência do circuito mundial adulto, que já venho disputando nesses dois anos, colhendo bons frutos jogando contra os melhores times do mundo.

Tainá, 27 anos, campeã mundial sub-19 (2013)
– Ano passado já era um sonho nosso jogar a copa do mundo. Então no início desse ano já tivemos que traçar algumas metas para que esse objetivo acontecesse, tivemos um início de ano muito bom, o que nos permitiu alcançar a classificação. Quando finalmente vi que estávamos na lista foi um sentimento de dever cumprido muito grande, uma realização nossa. E agora acho que temos que colocar esse sentimento na quadra, de que fizemos muito para estar aqui misturado com a alegria que é jogar esse esporte. Acho que o título mundial da base foi muito importante para que eu pudesse acreditar que vai dar certo em cada desafio que pareça ser difícil.

Vic, 24 anos, campeã mundial sub-19 (2016) e sub-21 (2019)
– Ficha está caindo só agora que chegamos no México. É um campeonato especial, que eu sempre almejei participar. Passa um filme na cabeça com todo o caminho percorrido até aqui. Já estamos sentindo a energia da competição, o nervosismo começou já no caminho para o aeroporto. Eu amadureci muito desde que conquistei o Mundial sub-21 em 2019 até hoje. A Copa do Mundo é uma competição única, e a experiência que tivemos na nossa participação este ano no Circuito Mundial foram importantes para chegarmos aqui mais preparadas.

Vitória, 23 anos, campeã mundial sub-21 (2019)
– O que passou na minha cabeça foi que tudo o que fiz até agora valeu a pena. Esse era o grande objetivo do time para esse ano. Trabalhamos duro, mas conseguimos. É uma honra poder participar de uma copa do mundo. Confesso que estou agindo como se fosse uma etapa normal, acho que não caiu a ficha. Mas nós nos preparamos bem para esse objetivo. Agora quero levar o melhor resultado para o Brasil.

TABELA DOS BRASILEIROS NA FASE ELIMINATÓRIA DA COPA DO MUNDO

11/10 (quarta-feira) – Horários de Brasília

Pedro Solberg/Guto x Seidl/Pristauz (AUT) – às 14h
Evandro/Arthur Lanci x Vitor Felipe/Renato – às 15h
Ágatha/Rebecca x Ludwig/Lippmann (ALE) – às 16h
Bárbara Seixas/Carol Solberg x Tainá/Vic – às 17h
Andressa/Vitória x Cannon/Kraft (EUA) – às 17h
Duda/Ana Patrícia x Paulikiene/Raupelyte (LIT) – às 22h