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Seleção Brasileira - 3 de agosto de 2019

Cuba atropela o Brasil na semifinal


Desorganizado taticamente – principalmente no saque – com uma distribuição extremamente irregular, levantamentos imprecisos e virada de bola ineficiente, o Brasil foi derrotado pela Seleção de Cuba por 3 sets a 0 – parciais de 25/16, 25/22, 25, 25/21 -, na noite deste sábado, pela semifinal do Pan-Americano de Lima, no Peru.

Foi a pior atuação do Brasil na competição – e olha que o time não chegou a jogar bem em nenhuma das três partidas anteriores, válidas pela fase classificatória. A Seleção Brasileira vai enfrentar, na disputa do bronze, neste domingo, às 20h (de Brasília), o Chile, que perdeu para a Argentina por 3 sets a 1 na outra semifinal. O SporTV 2 e a TV Record transmitem.

Os cubanos, maiores vencedores da história do Pan-Americano, vão em busca do sexto título no torneio – foram campeões em 1971, 1975, 1979, 1991 e 1999. Eles têm ainda 4 medalhas de prata e 3 de bronze. O confronto contra a Argentina será neste domingo, às 22h30 (de Brasília), com transmissão do SporTV 2 e da Record News.

Mudanças

O técnico do Brasil, Marcelo Fronckowiak escalou uma equipe diferente. Kadu entrou no lugar de Rodriguinho na ponta e a surpresa foi o central Cledenilson, o Pingo, substituindo o capitão Éder no meio. O time titular foi: Thiaguinho, Abouba, Pingo, Matheus Bispo, Lucas Lóh, Kadu e Rogerinho (líbero).

Éder sofreu uma indisposição estomacal pouco antes do jogo, chegou a vomitar durante o aquecimento, mas se sentiu melhor e entrou em quadra a partir do segundo set.

O ponteiro Osniel Mergarejo foi o maior pontuador do jogo, com 17 acertos. Outro destaque do time caribenho foi o ponteiro improvisado como oposto Miguel López, eleito o MVP da última Copa Pan-Americana, vencida por Cuba, há cerca de um mês, autor de 12 pontos. Pelo Brasil, o ponteiro kadu foi o mair pontuador, com 12 acertos. Felipe Roque marcou 6, Cledenilson 6, Lucas Lóh 5, Honorato 5, Éder 4, Abouba 3, Rodriguinho 3, Bispo 2, Thiaguinho 1.

Cuba mostrou grande poder de saque e ataque e, quebrando paradigmas, foi muito bem no passe. O Brasil, não se sabe porque, abandonou a tática do saque flutuante que havia funcionado na virada por 3 sets a 2 sobre os Estados Unidos, na sexta-feira, quando perdia por 2 a 0 e passou a usar o saque flutuante, fundamental para a vitória.

Muitos erros

O time verde-amarelo abusou dos erros de saque, enquanto Cuba abusou dos aces. Thiaguinho fez uma partida irregular, com levantamentos imprecisos e usando pouco o meio. Fronckowiak demorou muito a trocar o jogador pelo reserva Carísio, o que aconteceu apenas depois da primeira parada técnica do terceiro set, quando já estava 8 a 3 para Cuba.

Abouba, grande nome do Brasil até então, foi substituído por Felipe Roque no segundo set. Honorato entrou na metade da terceira parcial e foi bem. Carísio entrou bem melhor, mas já não havia tempo para uma reação, principalmente porque o Brasil errou muitos saques, brecando os esboços de reação verde-amarela.

O treinador colocou todo o banco para jogar, tentou mudar o ritmo de jogo, mas o mais importante não aconteceu: o Brasil não conseguiu fazer a leitura tática do jogo de sacar com inteligência ao invés de usar a força e rifar a bola no serviço. A Seleção do Pan passou seis semanas treinando em Saquarema, mas não realizou nenhum amistoso ou jogo-treino nesse período. A falta de ritmo e entrosamento entre os jogadores foi visível. Que fique de lição para as próximas competições.

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