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Fora de Quadra - 17 de novembro de 2020

Dia de dupla apresentação na Academia do Voleibol

Trabalhos focaram no Complexo II – que consiste no saque, bloqueio/defesa e contra-ataque


Na noite desta segunda-feira, a Academia do Voleibol contou com a apresentação de dois artigos desenvolvidos no Curso de Treinadores de Nível 4 de vôlei de quadra, realizado em julho de 2020. As apresentações foram mediadas pelos professores que ministraram o curso: Luís Delmar da Costa Lima, o Duda, e João Crisóstomo Marcondes Bojikian.

Os artigos apresentados tiveram um ponto em comum, ambas abordaram o Complexo II – que consiste no saque, bloqueio/defesa e contra-ataque – como objeto de estudo.

O primeiro artigo da noite foi “Complexo II do voleibol: uma revisão sistemática”, produzido por Sandro Victor Alves Melo, Sílvio Francisco do Vale e Carlos Eduardo Pessoa Lima. O objetivo dos três foi apontar caminhos para o desenvolvimento de estudos específicos sobre o Complexo II, que ainda são raros.

– Nós sentimos falta de trabalhos que abordassem o Complexo II no voleibol. Hoje vimos que a preparação física e tática no voleibol estão bem desenvolvidas, mas a preparação perceptiva não está tão bem difundida. Então decidimos revisar tudo o que foi estudado a respeito do Complexo II. Revisamos a literatura, indexamos os artigos que falassem especificamente sobre o tema, ou que ao menos tratassem das ações do Complexo dois. Os artigos analisados foram os publicados em português, inglês e espanhol – disse Sandro Victor Alves Melo, que fez a apresentação.

No segundo artigo da noite, “Análise de desempenho do complexo II nas equipes participantes da Superliga Banco do Brasil masculina 2019/2020”, as 12 equipes participantes da competição foram estudadas por José Rodolfo Lino da Silva, Renato Batista dos Santos e Ricardo Felipe Murbach Rodrigues da Silva.

– Nosso objetivo foi analisar os pontos vencidos e perdidos nos rallies disputados a partir do Complexo II, e ter parâmetros para a análise de um dos principais campeonatos do mundo. Desta forma conseguimos compreender a influência de cada ação dentro do complexo, e a importância do mesmo nos resultados das equipes – disse Renato Batista dos Santos no início da apresentação.

Segundo Ricardo Felipe Murbach Rodrigues da Silva, o Complexo II hoje é o mais trabalhado nos treinamentos, justamente porque o complexo I – a virada de bola regular – é o que mais rende pontos nos jogos de voleibol.

– Abordamos o Complexo II em razão da importância dele em uma partida. A estatística mostra que os times com melhor desempenho no Complexo I conseguem um maior índice de vitórias, portanto, trabalhar mais o Complexo II pode ser um diferencial. Em nossa análise buscamos entender os parâmetros de sucesso e insucesso e traçar estratégias para a melhoria do desempenho – contou Ricardo.