DJ Stari revela “playlist” brasileira. Pablo Vittar no topo
Após fazer sucesso na Liga das Nações, DJ Stari volta a roubar a cena na Olimpíada
Um austríaco segue dando o que falar entre a torcida brasileira do vôlei durante os Jogos Olímpicos. Ele entra em quadra, mas não joga. Emociona, mas não marca pontos. Dá seu show exatamente quando a bola está parada. O DJ Stari, como é conhecido Michael Staribacher, é assunto em cada partida e sua trilha sonora encanta os fãs na TV, vira assunto nas redes sociais e mata de curiosidade quem ouve hits nacionais enquanto a Seleção Brasileira encara os adversários. Stari é parte da equipe de entretenimento da Federação Internacional de Vôlei e DJ profissional há 20 anos.
Lá se vão 19 anos da primeira participação de Stari no vôlei, mas na praia. Foram muitos anos nas arenas até que nos Jogos do Rio, em 2016, ele passou a comandar a trilha sonora nos ginásios. Seu trabalho é duro e começa bem antes de cada competição. Uma pesquisa sobre música internacional é determinante para estar atualizado e conhecer os sucessos eternos de cada país.
– Faço muita pesquisa porque meu objetivo é que os jogadores se sintam jogando em casa e o público se conecte com o espetáculo. Na pandemia, com arquibancadas vazias, preciso atingir as pessoas através da TV, um desafio ainda maior. Tento conversar com os jogadores para decidir o melhor para eles escutarem no jogo, aquecimento, entrada em quadra, apresentação individual de cada um, pedidos de tempo e intervalos. Tenho que entender a música e seu significado para saber como usá-la. É preciso tocar não só a boa música, mas a música certa no momento certo – conta Stari.
O DJ tem ainda uma outra fonte de informação: as mídias sociais dos torcedores de vôlei. Admitindo que nem sempre é fácil se manter conectado com tanta gente, ele reconhece a importância das redes para seu trabalho.
– Os fãs conhecem o vôlei profundamente e mais ainda os ídolos. Eles sabem do que eles gostam e me sugerem muitas músicas. A maioria das sugestões é ótima – revela.
Stari viu seu trabalho explodir durante a Liga das Nações, em Rimini, numa aposta da Federação Internacional de Vôlei no entretenimento para os fãs, num projeto que criou uma nova concepção do espetáculo.
– A ideia de que o espetáculo não é apenas o jogo em si e a conscientização de que nosso trabalho também é parte disso faz com que me sinta muito orgulhoso de estar ali – pontua o DJ.
O sucesso do DJ do vôlei não acontece só no Brasil. Ele também bomba na Holanda, na Turquia, no Irã e na Tailândia, com uma playlist de cerca de 5 mil músicas. Ele se diz fã da música brasileira e de vários estilos.
– Em geral amo músicas e artistas que atravessam o tempo e as gerações, como Jorge Benjor, Tim Maia, Ivete Sangalo, Raça Negra e muitas mais. Também escuto sertanejo algumas vezes, que é um estilo típico brasileiro e espalha boas vibrações – confessa.
Por fim, ele revela a música que está no alto do seu pódio:
– Nessa temporada definitivamente o grande hit é Zap Zum de Pablo Vittar. O Douglas tornou ainda mais popular e eu tenho que dizer que mexe comigo. Quando escuto começo a sorrir e dançar imediatamente.