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Internacional - 6 de agosto de 2023

Egito importa talento brasileiro para ressurgir

País tenta voltar a ser dominante na África e assim retornar aos Jogos Olímpicos


O Egito tenta voltar a ser protagonista no vôlei africano. E, para isso, aposta em mão de obra brasileira. Por intermédio do Programa de Empoderamento da Federação Internacional (FIVB), o país contratou profissionais com longa lista de serviços prestados no Brasil: Percy Oncken e Marco Queiroga.

Os dois técnicos lideram o processo de renovação nas seleções sub-21 masculina e feminina: Percy na masculina e Marco na feminina. Ambos se classificaram para o Campeonato Mundial categoria neste ano.

– O vôlei egípcio e o brasileiro têm muito em comum em termos de cultura, estilo de jogo, físico dos jogadores e estruturas de desenvolvimento. Nossos sistemas juvenis têm sido bons ao longo dos anos, mas queremos fazer melhor e é por isso que optamos por treinadores brasileiros. No passado, dominávamos muitas competições juvenis africanas, mas agora queremos causar impacto em nível global. Percy e Marco introduziram novas formas de treinamento e novos padrões de organização e profissionalismo – disse o presidente da Federação Egípcia, Yasser Kamar.

– Eles nos ajudaram muito no processo de seleção. No passado, você encontraria treinadores locais favorecendo alguns jogadores porque eles são parentes. Os jovens jogadores também estão ansiosos para impressionar os treinadores estrangeiros, o que é positivo. Fizeram um bom trabalho com os nossos jogadores juniores e através do seu trabalho identificamos três ou quatro jogadores que estão prontos para avançar para a equipe adulta – completou.

Já se passaram oito anos desde que o Egito conquistou pela última vez um título continental de vôlei com a seleção masculina principal. Dez anos de domínio entre 2005 e 2015, quando os “Faraós” conquistaram seis títulos africanos, foram recentemente ofuscados pela Tunísia, que conquistou o ouro nas últimas três edições.

Outro reforço no Egito é o técnico italiano Flavio Gulinelli, que recentemente assumiu o comando da seleção masculina adulta. Ele comandará o time no Campeonato Africano, que será realizado no Cairo, entre 1 e 14 de setembro, e no Pré-Olímpico, marcado para 30 de setembro a 8 de outubro. O Egito está no Grupo B, ao lado de Finlândia, Japão, Eslovênia, Sérvia, Tunísia, Turquia e Estados Unidos.

– Nossa meta é recuperar o título africano em casa e ir bem nas eliminatórias olímpicas. Queremos obter o máximo de pontos possível nessas duas competições para nos tornarmos o primeiro país africano no ranking da FIVB, o que nos garantirá uma vaga em Paris-2024 – disse Kamar.