Em live bilíngue, Martinez fala sobre carreira, Praia e Tóquio-2021
Em live organizada pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), na última quinta-feira, a ponteira/oposta do Dentil Praia Clube, a dominicana Brayelin Martinez, 23 anos, conversou com os fãs, respondendo perguntas em inglês e em espanhol.
Ela falou muito bem da experiência defendendo o time mineiro na última Superliga, mas deixou o futuro em aberto. Com proposta de times da Europa, Martinez ainda não sabe se permanecerá no Brasil.
A atacante, uma das principais responsáveis pela classificação da República Dominicana para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2021, tem passagens por países como Itália (Busto Arsizio e Casalmaggiore) e Turquia (Aydin BBSK). No seu país, defendeu o Caribeñas.
Na Seleção, joga ao lado da irmã mais nova, Jineiry Martinez. As duas podem atuar juntas no Praia na próxima temporada. Será a terceira aparição olímpica do país depois de Atenas-2004 e Londres-2012.
Martinez cita como uma das vitórias mais expressivas da sua carreira o triunfo sobre o Brasil na final do Mundial Sub-20, por 3 sets a 2, de virada – as brasileiras venciam o tie-break por 14 a 12 -, quando ela acabou sendo a MVP do torneio.
Confira abaixo alguns trechos da live:
Mantendo a forma na quarentena
Não estou tão bem porque não estou conseguindo fazer o que mais gosto, que é jogar voleibol. Agora estou malhando com o preparador físico da Seleção por vídeo, todas as manhãs. Estou tentando me manter ativa. Sei que é difícil manter o nível, mas estou tentando fazer algo durante o isolamento.
Ponteira o oposta?
Todos sempre perguntam isso sempre (risos). Eu gosto de jogar nas duas posições. Consigo jogar como ponteira e oposta. Depende da situação, do momento. Se precisam de mim como oposta, eu jogo como oposta. Eu amo jogar nas duas posições.
Como conheceu o vôlei?
Eu comecei a jogar com 10 anos. Minha mãe me levou para ver um jogo entre República Dominicana e Cuba no Pan-Americano de 2003, em Santo Domingo e ali eu decidi que queria jogar voleibol.
Jogadora que admira
Kim, da Coreia, eu realmente amo e admiro ela como profissional.
Melhor jogadora de todos os tempos
Mireya.
Jineiry Martinez (irmã)
Ela é especial, está rindo todo o tempo, fala piadas para mim no meio do jogo (risos). Ela é muito corajosa nos jogos. Eu realmente a amo.
Comida favorita
Tenho muitas (risos). Comidas tradicionais como arroz, feijão, frango e agora eu estou adorando comida brasileira, amo sorvete também.
Superliga 2019/2020
Amei jogar na Superliga, foi uma grande experiência para mim, as jogadoras foram muito amigáveis, foi maravilhoso. Eu gostaria de voltar. Foi muito bom para mim. Aprendi bastante com muita gente, tive muitas dicas da equipe, todo momento de ajudam, são muito humildes. Não senti que estava no exterior. Me senti em casa. Gostaria de seguir jogando no Brasil. É uma liga que se joga com as suas jogadoras “nativas” e o nível é alto. As brasileiras são muito boas jogadoras. Jogadoras olímpicas jogam lá … É uma liga muito importante.
O que gosta de fazer, além de jogar
Adoro dançar e ouvir música. Agora estou estudando inglês também.
Jogo inesquecível
Contra a China, no Mundial da Itália, em 2014. Vencíamos o jogo por 2 a 0 e perdemos por 3 a 2. Foi muito frustrante.
Melhor vitória
Sobre o Brasil, no Mundial Sub-20 de 2015. Perdíamos o quinto sets por 14 a 12 e conseguimos vencer, na final. Ficamos com o ouro.
Gosta de outros esportes?
Natação e basquete.
Tandara e Thaisa
Uau! São admiráveis. São jogadoras top, que eu amo ver. Thaisa, tenho mais alegria ainda em ver por tudo que ela passou, a lesão… A admiro muito. Ela fez uma liga maravilhosa. Essa dupla é muito boa.
Se chegarem a uma final olímpica, que país gostaria de enfrentar?
China.
O que tem a dizer sobre Nicole Fawcett?
Amo. Ela era como uma mãe para mim lá (risos) no Brasil. Sempre me ajudando, sempre ao meu lado. Eu sou muito agradecida por isso. Soube da aposentadoria dela. Pra mim sempre será uma ótima jogadora.
Futuro
Gostaria de ser uma jogadora mais completa. Mas estou trabalhando nisso e sei que um dia vou chegar a ser mais completa. Joguei na Liga das Nações, na Copa do Mundo e no Mundial, então as Olimpíadas são a única peça que falta na minha carreira. Estou muito ansiosa.