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Destaques - Fora de Quadra - 11 de agosto de 2020

Emanuel: peça importante no xadrez eleitoral do COB

O campeão olímpico do vôlei de praia pode se candidatar


O Comitê Olímpico do Brasil (COB) iniciou ontem o processo de candidatura para a eleição presidencial. Ela acontecerá neste ano, com data ainda a ser marcada pela entidade no último trimestre. Neste “jogo de xadrez”, já em andamento nos bastidores, o nome de Emanuel, campeão olímpico e mundial no vôlei de praia, surge como fato novo.

A disposição de Emanuel aparecer como candidato à presidência foi revelada pelo blog “Olhar Olímpico”, na última sexta-feira. Hoje, em entrevista ao LANCE!, ele falou em “enxergar o cenário para construir algo”. A presença de Emanuel na eleição agrada a um grupo específico: o de ex-atletas.

Atualmente, o grupo de atletas/ex-atletas terá 12 votos de um total de 49 na eleição do COB. Além deles, a Assembleia Geral é composta pelos presidentes das 35 confederações olímpicas e pelos dois integrantes brasileiros do Comitê Olímpico Internacional (COI): Andrew Parsons e Bernard Rajzman.

Este grupo poderia votar em bloco no mesmo candidato. E assim Emanuel, se for mesmo o candidato, pode conquistar um apoio relevante. Ele integrou a Comissão de Atletas do COB entre 2013 e 2019, mas acabou se licenciando, devido ao cargo na Secretaria Nacional de Alto Rendimento. Ele foi demitido do cargo recentemente.

– Tenho vontade de ver o COB liderar o esporte novamente, em todas as áreas, pois é ele quem cadencia o movimento em todas as entidades. Vejo que construí um nome para chegar a esse momento e gostaria de participar de movimentos que sejam bons para o esporte em geral, para que mais apoiadores acreditem no projeto. Ainda não sei qual será minha contribuição, mas estou aberto ao diálogo e criando uma base sólida – disse Emanuel, ao LANCE!

Atualmente, a eleição presidencial conta com um candidato já oficializado: o advogado Alberto Murray, opositor de Carlos Arthur Nuzman, de quem Paulo Wanderley, atual presidente do COB, herdou o cargo.

Com o prazo para registro de candidaturas vai até o dia 8 de setembro, não estão descartadas a possibilidade de Vanderley concorrer novamente ou renunciar para abrir espaço para um novo nome da situação. Outro nome cotado é o de Rafael Westrupp, presidente da Confederação Brasileira de Tênis.

– Estamos realizando um processo transparente, com ampla divulgação e dando total liberdade para que os interessados em participar da gestão do esporte olímpico do Brasil se sintam convidados a fazer parte do processo eleitoral, sempre respeitando o Estatuto ( veja aqui ) e as regras vigentes. Não temos dúvidas de que o processo democrático instaurado no COB nos últimos anos sairá mais forte deste processo que fecha um ciclo em que a governança corporativa do COB foi aprimorada e hoje é referência no Brasil e no mundo – disse o diretor Geral do COB e campeão olímpico de judô, Rogério Sampaio.

REGRAS PARA A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

Qualquer brasileiro pode se candidatar aos cargos de presidente e vice do COB desde que, no momento da posse, tenha mais de 18 anos de idade; não tenha sofrido pena de exclusão pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) ou por quaisquer Federações Internacionais reconhecidas pelo COI; e não mantenha vínculo empregatício com entidade de administração ou de prática desportiva, exceto os representantes dos atletas com contrato especial de trabalho desportivo.

Não são elegíveis também pessoas que não puderem concorrer a cargos públicos; estiverem afastadas por gestão temerária ou fraudulenta no esporte; inadimplentes na prestação de contas de recursos públicos em decisão administrativa definitiva; inadimplentes na prestação de contas do COB, por decisão deste ou judicial definitiva; inadimplentes das contribuições previdenciárias e trabalhistas inscritos em dívida ativa; e administradores, sócios gerentes ou dirigentes de empresas que tenham tido sua falência decretada.

Para inscrever uma chapa formada por candidatos ao cargo de presidente e vice-presidente do COB, é preciso preencher as declarações de apoios de três membros da Assembleia Geral, de cumprimento dos requisitos de elegibilidade; e de Cláusula Compromissória; além de um currículo dos candidatos