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Destaques - Entrevista - 16 de dezembro de 2022

Fãs e amigos se reúnem para homenagear Isabel

Um dos maiores ícones do nosso vôlei, Isabel morreu mês passado, em São Paulo


Amigos e fãs da ex-ponteira da Seleção Brasileira e um dos maiores ícones do voleibol brasileiro Isabel Salgado faraõ, nesta sexta-feira, uma homenagem ao ídolo. Neste dia 16 completa-se um mês da morte de Isabel, aos 62 anos, em São Paulo, vítima de uma infecção pulmonar que evoluiu para uma pneumonia.

Haverá a Cerimônia de Premiação da Federação de Vôlei Master do Rio de Janeiro para os campeões da Competição de 2022 e também será realizada uma homenagem para essa inesquecível Jogadora. O evento acontece no Clube Português da Feira, que fica na Rua Hadock Lobo, 195. Tijuca-RJ, uma parceria com o presidente da Federação Hércules Gusmão.

“Isabel foi uma das mais importantes jogadoras de vôlei do Brasil. Fez história ao lado de Jackie Silva, Vera Mossa, Heloisa Roese, Regina Uchoa, Lica, Dulce, Sandra e tantas outras jogadoras que ajudaram a popularizar o esporte no nosso País, na fase de transição do vôlei amador para o profissional. Isabel aprendeu sacudir a poeira e ir mais alto que a defesa. Ela sempre usou os holofotes para lutar por igualdades. Nos anos 80 ninguém falava em equiparação salarial entre homens e mulheres no esporte. Isabel sim! Foi cortada da seleção pelo menos umas três vezes com a amiga e parceira de quadra Jackie Silva, porém mesmo assim vestiu por quase 16 anos a camisa da seleção. Conciliou carreira de atleta de alto rendimento, competições de grande porte, filhos pequenos, 04 gestações e 01 filho adotivo”, disse Marcos Gawantka, o Marquinhos, conhecido como Quinho, um dos maiores historiadores do vôlei brasileiro, com mais de 2.300 vídeos de jogos digitalizados, revistas, jornais, cards, álbuns de figurinha, uniformes, fora materiais e verdadeiros tesouros da história do nosso voleibol.

Isabel
Quinho é um dos maiores historiadores do vôlei do país (arquivo pessoal)

Quinho convidou outros ícones do vôlei brasileiro, amigas de Isabel como (Jackie Silva, Roseli, Dulce Thompson, Lica Oliveira, Virna, Hilma, Ana Richa, Vera Mossa, os filhos Maria Clara, Carol, Pedro Solberg, Pilar e Alisson, Monique Michelle, Josebel Palmerin, Nalbert, Fabizinha, Simone Storm, Hélio Griner e Ricardo Tabach).

Ele conseguiu reunir 18 camisas dos principais clubes defendidos pela ponteira da Seleção na sua carreira, como Flamengo (cedido por Ricardo Tabach), uniforme completo Supergasbrás, Pirelli (cedido pelo Capitão William), Uniban (cedido por Virna Dias) , Sadia, Toshiba, Bradesco, Blue Life Ribeirão, Blusas das seleções de 1982, 1984, 1988, 1989, Agasalho de 1985, Uniforme da revista Veja 1982 (cedido por Blenda Bartels), Blusa de manga Seleção 1986).

“Isabel foi a primeira jogadora de vôlei que tive o prazer de abraçar quando criança. Ela foi a primeira jogadora a sair numa revista de expressão a nível nacional em 1982, que foi a revista Veja. Foi também a primeira mulher a jogar até o sexto mês de gestação, foi a primeira a jogar profissionalmente no exterior (Modena-1980) e uma das primeiras a reivindicar direitos de igualdades para as mulheres sem se preocupar com o que isso poderia repercutir. O vôlei passou do amador para o profissional e a Isabel transcendeu por onde esteve, na quadra, na praia, na TV, orientando, treinando, inspirando e principalmente amando. Vôlei foi o esporte que escolhi para ser feliz e com certeza Isabel foi uma das minhas inspirações de vida. Aquela que levamos ao longo da nossa jornada terrena”, disse Quinho.