Fedorovtseva: “Quero ficar no topo por muito tempo”
Com apenas 18 anos, a russa Fedorovtseva mostra nas palavras a determinação de quem quer fazer história no cenário internacional. Em entrevista ao site “Volley News” publicada nesta semana, a ponteira falou sobre a responsabilidade de ser uma das melhores do mundo com tão pouca idade e dos seus objetivos na carreira.
– Não é difícil quando você sabe o que quer. São muitos os exemplos de jogadoras que se destacaram desde a juventude, mas que por diversos motivos não conseguiram manter um alto nível de desempenho. Eu, por outro lado, quero ficar no topo por muito tempo e para poder perseguir esse objetivo eu treino, trabalho duro e tento continuamente melhorar meu jogo – afirmou Fedorovtseva.
A atacante, que ganhou posição de destaque na seleção russa após um início de carreira promissor no Dínamo Kazan, aponta a sabedoria para lidar com a pressão como uma de suas grandes qualidades, além da disposição para aprender.
– Muitos me dizem que tenho considerável confiança em mim mesma. Toda vez que entro em quadra, não sinto receio ou medo de perder. Só estou interessada em jogar e mostrar toda a minha vontade de vencer. Além disso, procuro sempre abordar os treinos com uma atitude positiva e com vontade de aprender coisas novas, o que torna esse momento útil para mim e para a minha equipe – disse Fedorovtseva.
Com a exclusão da Rússia de competições internacionais devido à guerra na Ucrânia, a ponteira não poderá disputar o Campeonato Mundial, que começa no dia 23 de setembro. De contrato renovado com o Fenerbahçe, ela foca agora na temporada de clubes na Europa. Além disso, se diz realizada no clube, onde terá as companhias das brasileiras Macris e Ana Cristina.
– O Fenerbahçe é um grande clube, com uma história extraordinária. Fazemos parte de uma grande família, profundamente unida pela paixão e amor por esta equipe. É uma honra defender as suas cores. Eu me sinto muito bem aqui, com meus companheiros, com a equipe técnica e, em geral, com tudo que envolve o clube. Esses fatores me permitiram tomar uma decisão e fazer a melhor escolha para mim – aponta Fedorovtseva.
Evolução desde a primeira temporada no Dínamo Kazan
– A diferença é muito grande! Pode ser difícil encontrar mudanças claras, mas estamos falando de duas pessoas completamente diferentes. Cresci e me tornei mais forte fisicamente, mudei minha abordagem aos treinos e jogos, ganhei experiência e muitos aspectos do meu jogo melhoraram. Mas o mais importante de tudo é que todos esses elementos me permitem jogar em um nível superior, que não pode ser comparado ao de dois anos atrás.
Apoio de família esportista
– Eles são certamente uma grande ajuda para mim. Meus pais são meus modelos, eles me orientam, me ajudam a tomar boas decisões e me dão conselhos valiosos. Tanto para minha carreira quanto para a vida fora do esporte. Sou muito grata por tudo que fizeram pelo meu crescimento como jogadora profissional. Sem eles, eu nunca teria conseguido chegar a esses níveis.
A vida em Istambul
– Eu realmente me apaixonei por Istambul. Acima de tudo, porque gosto de passear e descobrir novos recantos da cidade. Acho uma metrópole muito particular e colorida. Então, posso dizer que uma das minhas atividades favoritas quando não estou ocupada com o vôlei é andar pelas ruas desta cidade maravilhosa.
Maior obstáculo no primeiro ano na Turquia
Exclusão da Rússia
– Lamentamos muito a exclusão da Rússia do Campeonato Mundial. Acho que o esporte deveria ficar fora da política. Queríamos muito participar e mostrar o nível que atingimos, e tenho certeza de que poderíamos ter feito muito bem, porque neste momento a seleção russa pode contar com diversos atletas fortes.