Fedorovtseva: “Rússia teria brigado pelo pódio em Paris”
Com apenas 20 anos, Arina Fedorovtseva é uma das estrelas do voleibol mundial. Com a camisa do Fenerbahce, a ponteia disputa a medalha de ouro em todos os grandes eventos de clubes. Pela seleção russa, ela acredita que faria o mesmo se a suspensão internacional por conta da guerra com a Ucrânia terminasse.
Em entrevista ao site Volley News, Arina Fedorovtseva falou sobre os Jogos de Paris, encerrados em agosto, com Itália, Estados Unidos e Brasil no pódio feminino da modalidade.
– Acompanhei o torneio olímpico e estive em Paris para assistir às semifinais e à final ao vivo. Foi uma experiência inusitada assistir aos jogos nas arquibancadas e não em quadra, mas posso dizer que gostei do clima das Olimpíadas. Foi realmente uma pena não poder participar! Não é fácil dizer que resultado a seleção russa poderia ter alcançado, mas estou convencida de que, se tivéssemos participado de todos os torneios do último ciclo olímpico, certamente teríamos lutado para subir ao pódio e conquistar medalhas – disse Fedorovtseva.
Na temporada 2024/2025, a russa vai se dividir entre China e Turquia. Ela fechou com o Shanghai Bright e vai voltar ao Fener apenas no começo do ano que vem.
– Minha escolha foi pautada pelo interesse e pela curiosidade. Sempre achei fascinante a ideia de jogar no Campeonato Chinês. Para os jogadores europeus tudo é um pouco diferente, desde a cultura à organização da liga. E isso torna ainda mais estimulante sair da zona de conforto e enfrentar novos desafios. Escolhi o Shanghai Bright Ubest porque é um clube muito ambicioso, com o objetivo de conquistar o título. Além disso, me senti atraída pela bela cidade de Xangai.
Com contrato renovado com o Fenerbahce, Fedorovtseva tem novo acordo até 2027. Na temporada passada, o time conquistou o campeonato e a copa locais.
– O Fenerbahce é um clube verdadeiramente especial. Posso dizer isso com confiança, pois joguei lá durante três temporadas. Talentoso, ambicioso e forte: é assim que descreveria a nossa equipe. Estou extremamente feliz por fazer parte disso e por trabalhar junto com minhas companheiras para alcançar os objetivos que nos propusemos. A temporada passada foi muito positiva, com dois troféus conquistados e inúmeras vitórias brilhantes e emocionantes. Foi um ano precioso também em termos de experiência. Enfrentamos algumas dificuldades, mas foram elas que fizeram de nós a equipe que demonstramos ser no final da temporada. Pessoalmente posso dizer que foi um ano especial para mim.
Fedorovtseva ainda foi perguntada sobre o segredo do seu saque. Ela é apontada como a melhor sacadora do mundo.
– Gosto de sacar e estou extremamente feliz por ter encontrado um estilo pessoal. Foi preciso muito esforço e treino para alcançar tal resultado; portanto, estou especialmente orgulhosa de me destacar neste aspecto fundamental.