Fernanda Garay vê Pan como oportunidade única para atletas

Campeã olímpica em Londres-2012, Fernanda Garay está em Santiago, no Chile, como repórter do Canal Olímpico do Brasil na cobertura dos Jogos Pan-Americanos. Nesta sexta-feira (20/10), a ex-ponteira da Seleção Brasileira foi uma das convidadas da primeira edição do COBCast e analisou as perspectivas do vôlei brasileiro.

A seleção feminina fará sua estreia no Pan neste sábado, contra Cuba, às 10h30 (de Brasília), na Arena Parque O’Higgins, com transmissão ao vivo do Canal Olímpico do Brasil e do YouTube do Time Brasil. A equipe, que será comandada por Paulo Coco, está no Grupo A, que tem ainda Argentina e Porto Rico.

– O Brasil já está classificado para os Jogos Olímpicos, então neste momento viemos com uma seleção mesclada. Só quatro meninas que disputaram o Pré-Olímpico estão aqui e 11 estreiam nos Jogos. E só a Tainara jogou Lima 2019. Então, a maioria vem pela primeira vez. Considero uma oportunidade para ganharem bagagem, como a Sabrina, que pela primeira vez veste a camisa da Seleção Brasileira, e outras que já representaram o país nas categorias de base, como a Aline Segato, de 17 anos – disse Fernanda Garay.

Na equipe masculina, que também já se classificou para Paris 2024 e será comandada por Giuliano Ribas, Fernanda Garay espera ver testes importantes. O grupo fará sua estreia no dia 30, contra a Colômbia, pelo Grupo A, que tem Cuba e México. Assim como a feminina, a equipe masculina soma quatro títulos em Jogos Pan-Americanos.

– Também é uma equipe que vem bastante mesclada, alguns conquistaram a vaga de forma bastante suada, mas viremos com mais tranquilidade e os meninos mais novos poderão mostrar o seu valor e deixar uma lembrança boa para a preparação rumo a Paris – disse Garay, que citou a experiência que teve como atleta no Pan.

– Eu tive a oportunidade de disputar os Jogos Pan-americanos de Guadalajara 2011. Foi a primeira vez que senti essa atmosfera diferente. Só que na ocasião ficamos em um hotel e não na Vila. Em Londres-2012 fui para os Jogos Olímpicos e me lembro claramente da Fabizinha tentando me contar como era a atmosfera. Mas só chegando lá a gente tem a dimensão. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo! Quando somos muito jovens, é importante exercer essa capacidade de manter o foco na competição e o contato com atletas mais experientes nesse processo é fundamental para isso. A troca entre atletas mais velhas, com mais bagagem, com as mais novas, é importante para que todas trilhem o caminho certo – afirmou Fernanda Garay.