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Filipe: “Eliminação permitiu olhar profundo para a equipe”
Técnico do Sada Cruzeiro fala em lições após derrota para o Joinville e revela inspirações às vésperas de completar 45 anos
O técnico Filipe Ferraz comentou sobre a eliminação do Sada Cruzeiro na Copa Brasil. A equipe mineira caiu para o Joinville, em casa, por 3 sets a 2, no final de janeiro, ainda pelas quartas de final. Duas semanas depois, o título ficou com o rival, Minas, mas o comandante destacou que a queda precoce fez a Raposa promover uma análise interna e aperfeiçoar-se na temporada.
– Ter saído da Copa Brasil nos permitiu também um olhar mais profundo da nossa equipe, do que precisamos melhorar, construir, crescer como time e individualmente. Algumas coisas já conseguimos identificar. Esse é o meu papel também. Como a gente joga muitos torneios, sempre pressão, é muito pouco tempo, às vezes, para trabalhar mesmo.
Após a eliminação para o Joinville, o Sada Cruzeiro entrou em quadra mais três vezes, todas pela Superliga. A equipe comandada por Filipe Ferraz derrotou o Sesi Bauru e o Vedacit Guarulhos, mas perdeu novamente para o Joinville. Ainda assim, o time mineiro segue na liderança da competição, com 42 pontos e 15 vitórias em 17 partidas. O Sada já está garantido nos playoffs da competição, a cinco rodadas do término da primeira fase.
– Sempre colocado em prova. Teremos um jogo decisivo com o Vôlei Renata, um confronto direto, sábado (22/2, às 18h30, vice-líder, com 35 pontos) e depois vamos ter um respiro para a gente trabalhar o que precisamos. Vou dar ênfase da nossa parte técnica de bloqueio, de sideout, corrigir algumas situações do nosso saque sempre visando os playoffs da Superliga. Antes disso, teremos o Sul-Americano, um torneio importantíssimo para nós – acrescentou Ferraz
Inspirações
Filipe comentou ainda sobre inspirações, às vésperas de completar 45 anos (1/3) de vida e 15 como funcionário do Sada Cruzeiro (jogador e, posteriormente, técnico)
– Na minha fase inicial era o Michael Jordan. Um cara espetacular, jogador único, agressivo, que a todo instante era colocado à prova e, na época, queria me espelhar nele. Depois, vieram os caras de Barcelona-92, que também inspiraram, mas o Nalbert sempre foi um grande espelho e com quem tive o prazer de jogar junto no Banespa, onde fomos campeões da Superliga 2004/05. Ele foi um grande mentor na minha carreira e que me ajudou no meu crescimento, desenvolvimento e amadurecimento como atleta. Hoje, na parte de treinamento, existem muitos bons técnicos em outras modalidades, mas, precisamente no voleibol, sem sombra de dúvidas, tenho o Zé Roberto. É um cara espetacular na parte de gestão, gestão de grupo, de liderança – concluiu Filipe Ferraz.