
Filipe destaca ‘controle emocional gigantesco’ do Sada Cruzeiro
Time celeste enfrenta o Suzano neste domingo (23/3), pela penúltima rodada do returno
O último jogo do Sada Cruzeiro, em casa, pela Superliga masculina de vôlei 24/25, aconteceu no dia 12 de fevereiro. Depois disso, a equipe do técnico Filipe Ferraz jogou em Belém (PA), duas vezes em Goiânia (GO), disputou o Campeonato Sul-Americano em Uberlândia (MG), onde sagrou-se campeã pela 11ª vez e, amanhã, embarcará para Campo Grande (MS), onde jogará contra o Suzano, no domingo (23/3), às 19h, pela penúltima rodada do returno da Superliga.
Presente na campanha de todos os 11 títulos continentais – sete como jogador e quatro no comando do time -, Filipe fez uma análise sobre o longo período fora de casa. Apenas na série final foram duas semanas longe de Belo Horizonte.
“Querendo ou não, é um momento bem estressante ficar 13, 14 dias direto fora. Tem que ter um controle emocional gigantesco. Mas acredito que cumprimos bem esse período: a vitória contra o Neurologia, pela Superliga antes do Sul-Americano, o próprio Campeonato Sul-Americano e, por último, vencemos o Goiás. É estressante, mas a gente tenta de alguma maneira trazer um clima mais ameno, agradável, para todos, seja na parte lúdica durante os treinamentos, e não uma situação de confinamento. Estão todos acostumados, mas é desgastante, ainda mais sabendo que o Sada é a única equipe que joga praticamente todos os seis torneios possíveis, enquanto os outros times disputam três. Então o desgaste é ainda maior”, comentou Filipe.
O treinador comentou ainda sobre a campanha para conquistar o Sul-Americano.
“Um dos nossos principais objetivos era chegar à final, até porque a gente queria a vaga para o Mundial. A semifinal, contra o Sesi, desgastou bastante a nossa equipe. Foi um jogo que começou muito tarde, às 21 horas, e acabou depois de meia-noite. Foram menos de 12 horas de recuperação para que os atletas estivessem prontos para uma grande final. Sabíamos que a semifinal, contra o Sesi, seria muito desgastante fisicamente e psicologicamente, de jogar com a responsabilidade de ter que vencer para ter a possibilidade de jogar o Mundial. Então o desgaste mental e físico naquele jogo foi absurdo. Na final, sem tirar o mérito do Praia, que fez uma belíssima partida, a gente conseguiu, em um momento bem adverso, chegar à vitória. Por mais que a gente tenha conseguido o objetivo, sempre queremos mais. A gente precisava concluir da maneira mais atraente o Sul-Americano. A luta e a dedicação dos atletas foram brilhantes”, disse.
O último jogo da fase de classificação na Superliga do Sada será em casa, na próxima quinta-feira, dia 27, quando receberá a Apan/Roll-on, em Contagem (MG). A equipe mineira segue na liderança na classificação geral, posição que pretende se manter para a definição das quartas de final.
“Playoff é sempre desafiador. Mesmo na minha época de atleta, agora como treinador, “a obrigação” de o Sada ser o primeiro. Sempre foi um momento difícil. É um outro campeonato e a falha tem de ser mínima para que a gente não se surpreenda com um resultado negativo. Vamos encarar da melhor forma possível e sabendo todo o trabalho que a gente fez durante o ano para se concretizar agora”, concluiu Filipe.