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Destaques - Superliga - 22 de dezembro de 2021

Fluminense vence Bauru em jogo de quase 3 horas

O Fluminense fez 2 a 0, o Sesi Bauru empatou, mas as cariocas levaram a melhor no tie-break em jogo eletrizante


Emoção, choro, lesão, polêmica de arbitragem e quase três horas de jogo. Foi assim o confronto entre Fluminense e Sesi Bauru na noite desta terça-feira, nas Laranjeiras, no Rio de Janeiro,

no encerramento do turno da Superliga Feminina de Vôlei 2021/2022. As donas da casa venceram por 3 sets a 2 – parciais de 25-22, 25-19, 23-25, 26-28, 15-13 – e se mantiveram na sexta colocação, com 18 pontos, atrás do Sesc RJ Flamengo, que também venceu na rodada por 3 a 2 e é o quinto na tabela, com 19.

A levantadora Bruninha segue fazendo uma grande temporada. Marcou 6 pontos – 3 de bloqueio, apesar de ser uma das jogadoras mais baixas da Superliga -, foi eleita a melhor em quadra e ficou com o Troféu Viva Vôlei.

O Sesi Bauru perdeu a chance de assumir a vice-liderança, caso vencesse. Com a derrota, ocupa a quarta colocação, com 23 pontos, atrás do líder Dentil Praia Clube, que tem 29, Osasco São Cristóvão Saúde, com 24, e o Itambé Minas, também com 24. A oposta Kimberly, do Fluminense, foi a maior pontuadora do jogo, com 26 acertos.

Na reta final do quarto set, a oposta Pâmela, do Sesi Bauru, que tinha entrado para substituir a norte-americana Nia Reed, sofreu uma grave lesão no joelho direito e deixou a quadra do Fluminense de maca. Depois de realizar um ataque pela ponta, ela caiu com todo o peso do corpo na perna direita e depois se jogou no chão já chorando e gritando de dor. Pelas imagens do Canal Vôlei Brasil, a lesão foi grave. Mas, só um exame de imagem poderá revelar o teor da gravidade.

A lesão da Pâmela abalou as jogadoras dos dois times. No momento da contusão, o Sesi Bauru vencia por 20 a 16. O Fluminense virou e teve o match point, mas o Sesi Bauru recuperou a vantagem para fechar o set em 28 a 26, num ataque de Drussyla, que terminou o set chorando, provavelmente ainda abalada pela lesão da companheira.

O jogo seguiu parelho no tie-break. Um lance no 12 a 12 causou muita polêmica. O juiz assinalou que a bola de um ataque da Thaisinha foi fora, o que gerou muita reclamação por parte das jogadoras e do banco de Bauru. Como não há videocheck em todos os jogos da Superliga – somente nos jogos dos times mineiros – cujo equipamento, que pertence ao Sada Cruzeiro, é manipulado pela Federação Mineira de Vôlei -, prevaleceu a decisão do árbitro. O Flu venceu o set pro 15 a 13, coroando a boa campanha na temporada.

O Tricolor marcou 18 pontos de bloqueio, contra apenas 7 do Sesi Bauru. No restante dos fundamentos, o jogo foi equilibrado. O Fluminense marcou 67 pontos de ataque, 5 de saque e cedeu 26 pontos em erros. O Sesi Bauru fez 67 pontos de ataque, 7 de saque e errou 25 vezes.

O técnico Rubinho, do Sesi começou o jogo com Thaisinha de titular ao lado de Drussyla na ponta. As centrais foram Mayany e Mara. Nia Reed hoje teve uma atuação apagada. Muito bem marcada pelo bloqueio do Flu, marco apenas 14 pontos, com 29% de aproveitamento no ataque. Recebeu 38 bolas, colocou 11 no chão, foi bloqueada 6 vezes e atacou 4 para fora. Thaisinha terminou o jogo com 16 pontos, Mara com 14, Mayany e Drussyla com 12 e, Suelle com 5 Dani Lins com 7. Outros destaques do Fluminense, além de Kimberly, foram a ponteira Gabi Cândido, com 18 pontos, Mayara com 11, Lara e Paula Mohr com 7 cada uma.

A levantadora e capitã Bruninha comentou a vitória e a lesão da Pâmela.

– A gente saiba que a Superliga é decidida nos detalhes, talvez seja a Superliga mais equilibrada dos últimos tempos. Os dois times sentiram a lesão da Pâmela. Ninguém gosta de ver uma companheira se lesionando. A gente precisa do videocheck em todas as partidas. É muita difícil ficar tudo na mão da arbitragem. A gente tem visto muitos jogos sendo decididos dessa forma.

Dani Lins também falou sobre o jogo e a bola polêmica no final do tie-break:

– Foi um jogo bem difícil. A gente não pode tirar o mérito do Fluminense que começou muito bem, sacou muito bem, defendeu muito bem… Quando a gente começou a reverter o jogo, aconteceu o lance da Pâmela, mas ainda assim a gente conseguiu levar o jogo para o tie-break. O voleibol está muito veloz. Não dá para o árbitro dar contra de tudo. A bola da Thaisinha foi muito dentro, a gente viu pela nossa câmera e a bola foi muito dentro. O challenger ajudaria  muito os árbitros e traria menos confusão. Mas não vamos culpar isso. O Fluminense teve o mérito, a gente errou muito também.

Os dois times voltam a jogar agora no dia 7 de janeiro do ano que vem. O Fluminense recebe o Osasco/São Cristóvão Saúde, às 19h30, nas Laranjeiras, com transmissão pelo Canal Vôlei Brasil, pela primeira rodada do returno da Superliga. O Sesi Bauru encara o Sesc RJ Flamengo, às 21h, no Ginásio do Tijuca Tênis Clube, com transmissão pelo SporTV. Confira aqui a programação da semana.