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Categorias de base - Destaques - 22 de janeiro de 2024

Fofão e William: exemplos viram professores para nova geração de levantadores

Jovens de 12 a 18 anos tiveram a oportunidade de aprender com os campeões olímpicos em iniciativa da CBV


A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) realizou, na semana passada, uma clínica para treinamento de levantadores, na faixa etária de 12 a 18 anos. Os selecionados para fazer parte desse projeto são atletas que estavam em competições de base realizadas no ano anterior. Na experiência única, eles contaram com a supervisão de Fofão e William Arjona, dois ícones da posição.

Os treinos ocorreram durante cinco dias, no Centro de Treinamentos da CBV, em Saquarema (RJ). Para Fofão, treinadora da Seleção Brasileira feminina sub-17, cada detalhe valeu durante o evento.

– A gente têm jogadoras de várias categorias, não só da categoria que eu trabalho. Isso está sendo interessante, porque a gente consegue individualizar o trabalho. Nós dividimos em grupo. Então, consigo dar mais atenção para as jogadoras, trabalhar a deficiência delas, acrescentar algumas coisas que a gente acaba visualizando e tem capacidade de correção. Foi pensando em quem quer trabalhar como levantadora. A gente quer mais é que elas brilhem e arrasem nas competições – relatou a campeã olímpica em Pequim-2008 ao Web Vôlei.

Já William, ouro com a Seleção na Rio-2016 e aposentado das quadras ao término da temporada passada, a clínica foi enriquecedora.

– Eu estou tendo um feedback não de palavras, mas de atitudes, dentro da quadra, com esses novos levantadores, que está sendo espetacular. Estou conseguindo sentir essa evolução deles, absurda, nesses dias. Vieram de peito aberto. Vieram de coração aberto para aprender, sem a menor vaidade. Tudo que a gente tenta falar aqui, colocar pra eles, eles absorvem muito rapidamente. Está sendo interessantíssimo – disse.

Diretor técnico da CBV, Jorge Bichara promete novos eventos para lapidar jovens atletas:

– Escolhemos dois nomes de referência para trabalhar os levantadores. Começamos com essa posição porque é uma das mais importantes no voleibol, mas faremos outros módulos para outras posições. Chamamos nesse momento atletas mais jovens e o objetivo é trabalhar junto com os clubes e aperfeiçoar de forma individualizada as qualidades de cada um. O ano olímpico é muito simbólico, mas também é o início de novos ciclos. Estamos olhando para Paris e para o futuro do voleibol.