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Coluna - Destaques - Internacional - 19 de abril de 2025

Gabi hoje foi mesmo a “filha do Deus do vôlei”


Em junho do ano passado, Stefano Lavarini, treinador da Polônia, chamou Gabi de “filha do Deus do vôlei” durante a Liga das Nações (VNL). Neste sábado, o italiano, no comando do Milão, teve a oportunidade de comprovar, de camarote, como sua definição foi acertada.

Gabi foi a maior pontuadora (19 acertos), ganhou mais um prêmio de MVP e teve números dignos de “filha do Deus do vôlei” em vários fundamentos ao deixar o Conegliano mais perto do scudetto na temporada 2024/2025.

A ponteira brasileira foi que mais recepcionou os saques do Milão: 25 ações. E teve excelentes 64% de positividade e 48% de perfeição. Percentuais aquém apenas das líberos Monica De Gennaro (67% e 67%) e Satomi Fukudome (60% e 60%), mas com poucas recepções feitas pela dupla: nove pela italiana e cinco pela japonesa.

No ataque, Gabi também terminou com percentual alto, melhor do que as opostas Paola Egonu e Isabelle Haak. A brasileira atacou 31 bolas, colocou 17 delas no chão, sem cometer erros, com um aproveitamento de 55%. Haak recebeu quatro a mais (35), pontuando as mesmas 17 vezes, com eficiência de 49%. A italiana, MVP da última Olimpíada, por sua vez, colocou 16 de 45 bolas no chão, com 36% de aproveitamento.

Gabi ainda foi a única jogadora a pontuar duas vezes no saque, sem ter cometido erros em 14 tentativas. E com várias passagens  importantes pelo fundamento, uma delas ajudando o Conegliano a se aproximar no placar no segundo set.

Quem acompanhou a partida pela transmissão da VBTV, na narração em italiano, como foi o meu caso, deve ter percebido a quantidade de elogios para atuação de Gabi, mesmo sem dominar o idioma. O “Mamma Mia”, usado no terceiro set, dispensa tradução. E já presenciei outros tantos, nas narrações em inglês, em diferentes momentos da temporada de estreia no melhor time do mundo.

Agora, em bom português, para não deixar dúvidas: que bom que a filha do Deus do vôlei é brasileira!

Por Daniel Bortoletto