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Destaques - Internacional - 30 de abril de 2021

Gabi: “Nem sei se dá para falar em parar a Egonu”


A ponteira brasileira Gabi faz, neste sábado, o jogo mais importante da temporada. O seu time, Vakifbank, campeão da Liga Turca e da Copa Turca, enfrenta o Conegliano, campeão da Liga Italiana e da Copa Itália e invicto há 63 partidas, a partir das 12h (de Brasília), em Verona (ITA), pela final da Champions League, a competição mais prestigiada da Europa. Em clubes, só perde para o Mundial. O confronto, aliás, é a reedição da final do Mundial de Clubes de 2019, vencida pelo time italiano, de virada, por 3 sets a 2.

No podcast “Na rede com Nalbert” desta semana, que contou com a presença também da bicampeã olímpica Fabi, Gabi falou sobre a expectativa da disputa do título e sobre Tóquio-2020.

– Depois da Rio 2016 eu quis sair da zona de conforto, sempre tive um sonho de jogar fora do Brasil. Eu já namorava jogar no Vakifbank e coloquei esta meta. Na minha chegada na Turquia muita gente falou sobre a pressão de substituir uma das maiores jogadoras do mundo, que é a Zhu, então desde o começo a responsabilidade e a pressão foram grandes – disse a camisa 10 do Brasil.

Gabi disse que o técnico Giovanni Guidetti é tão ou mais exigente que Bernardinho, com quem ela trabalhou junto no Rexona (RJ).

– Olha, em relação aos treinos eu acho que com ele o buraco é ainda mais embaixo do que era com o Bernardinho quando eu jogava no Rio. Cada um deles tem sua loucura: o Zé Roberto é focado na parte técnica, o Bernardinho é um perfeccionista o tempo inteiro, e o Giovanni é um pouco a mistura dos dois. Ele conversa com uma por uma antes do jogo, e como lá o foco sempre são finais e títulos, é pressão o tempo todo – conta.

Gabi acredita que o Conegliano é o favorito para a final deste sábado, principalmente por ter uma das maiores jogadoras do mundo na atualidade, a oposta italiana Paola Egonu.

– Esse jogo vai ser uma revanche do Mundial de Clubes de 2019, quando o Vakifbank perdeu na semifinal. Muitos apontam como o melhor jogo de vôlei da história da Champions porque dos dois lados tem grandes jogadoras. A Egonu faz a diferença no time deles, e vamos tentar controlá-la – acho que nem dá para falar em parar a Egonu. Outro fator é que é uma final de um jogo só, onde o fator emocional conta mais até do que a parte técnica – disse a ponteira brasileira, que está em seu segundo ano na Turquia.

Gabi só deve se apresentar ao técnico José Roberto Guimarães em Saquarema visando a Liga das Nações e os Jogos de Tóquio no final da segunda semana de maio:

– Converso muito com o Zé Roberto, ele sempre me fala que sabe que sou responsável e que estou me cuidando. Quando acabar a Champions eu vou tirar poucos dias de folga, só para ver minha família e meu cachorro. Quero estar logo com o grupo. Sei que é um momento de sacrifício, mas só penso na Champions, seleção e Olimpíada. Nossa principal dificuldade é que nesse ciclo o time titular quase não jogou junto. Muita gente teve lesões, teve quem chegou e quem saiu, mas temos condições de ir para o pódio – completou Gabi.