Simone Giannelli
Home Destaques Giannelli se declara: “Meu coração está com minha seleção”
Destaques - Internacional - 23 de setembro de 2025

Giannelli se declara: “Meu coração está com minha seleção”

Levantador liderou a Itália na conquista do quarto título mundial em 2022 e pretende ter o mesmo resultado em 2025


De promessa em 2015 a capitão em 2022, Simone Giannelli lidera a jovem seleção italiana em busca de mais um grande feito. A Itália avançou às quartas de final do Campeonato Mundial ao bater a Argentina. O capitão ditou o ritmo no triunfo por 3 a 0, que aproximou os atuais campeões de uma quinta conquista mundial. Nesta quarta-feira, às 4h30 (de Brasília), o desafio é contra a Bélgica, valendo uma vaga na semifinal.

O atleta tem muita história para dividir com os companheiros. Afinal, estreou na seleção principal em 2015, ainda adolescente, conquistando um bronze europeu e uma prata na Copa do Mundo antes mesmo dos 20 anos, nos Jogos Olímpicos do Rio, onde, inclusive, comemorou o aniversário. Sete anos depois, em 2022, ergueu como capitão o quarto título mundial da Itália.

Sorrisos em meio a agenda corrida

Hoje, aos 29 anos, o levantador fala com a voz da experiência e afirma que vestir a camisa da Itália segue sendo tanto um privilégio quanto uma responsabilidade que o impulsiona a lidar com as exigências do clube e da seleção.

– É uma honra para mim estar aqui depois de dez anos, porque represento meu país pelo mundo. Então, estou muito feliz por isso. É muito difícil e às vezes pesa, porque passamos o ano inteiro jogando pelos clubes e o verão inteiro com a seleção. Mas o meu coração está com a seleção. Enquanto eu tiver força nas pernas, no corpo, na cabeça e no coração, vou jogar pela minha seleção – disse o astro.

O nome de Giannelli se tornou sinônimo das recentes conquistas italianas. Ele expressou que títulos não se ganham apenas com talento, mas também com foco nos momentos de maior pressão. Por isso, destacou a importância de manter a concentração diante dos melhores do mundo.

– É muito importante estar presente em quadra o tempo todo, porque essas partidas são muito duras. Enfrentamos times muito fortes, então é preciso estar focado e jogar ponto a ponto. Essa resiliência é crucial para nós, e também para os próximos jogos. Somos um grupo muito jovem, mas queremos trabalhar juntos. Gostamos de estar juntos. Todo verão eu jogo a final da Champions League, e uma semana depois já estou com a seleção porque quero estar com meus companheiros.

“Altíssimo nível” empolga Giannelli

O alto nível de competição, acrescentou, é mais um motivo para que cada detalhe faça a diferença. Os jogos estão mais imprevisíveis do que nunca, e Giannelli acredita que isso é tanto um desafio para os atletas quanto um presente para os fãs.

– O nível é muito alto. Vemos isso no campeonato na Itália, mas também na Polônia e no Japão. E isso é fantástico para nós, porque sabemos que, toda vez que entramos em quadra, precisamos lutar e batalhar. A qualquer momento você pode perder para qualquer equipe. Para nós é mais difícil, mas para os torcedores é melhor, porque sempre podem assistir a grandes partidas. Existem muitos times com jogadores incríveis que podem jogar em altíssimo nível.

No comando à beira da quadra está Ferdinando De Giorgi, levantador da famosa “Geração de Fenômenos”, que conquistou três títulos mundiais seguidos nos anos 1990 e voltou como técnico para guiar a Itália ao troféu de 2022. O capitão destacou a influência do treinador sobre o grupo.

– Ele é um grande treinador. Foi um grande jogador, então sua experiência é muito importante para nós. Ele exige muito trabalho. Estamos crescendo juntos. Eu tenho só 29 anos, mas a cada ano buscamos um novo caminho, algo novo para melhorar. Estamos muito felizes por tê-lo conosco. Nós criamos essa magia todos os dias nos treinos. Quando entramos em quadra, os torcedores não sabem quanto trabalhamos, mas nós sabemos, e é isso que criamos todos os dias das nossas vidas. Quando estamos juntos, é por uma coisa só: representar nosso país. Não importa quem joga, ou quem está melhor ou pior. Para nós, o mais importante é representar a nossa bandeira e a seleção da melhor forma possível.