
Giba: “Estou viajando mais do que quando jogava”
O campeão olímpico Giba participou do sexto episódio do videocast “Gigantes para Gigantes”, apresentado por Carol Barcellos, e falou sobre momentos marcantes da carreira, a vida após a aposentadoria e bastidores da Seleção Brasileira.
No programa, o dono do ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, de três títulos mundiais e integrante do Hall da Fama do vôlei relatou que um episódio anterior à convocação para a Seleção foi decisivo para sua trajetória. Ele contou que foi impedido de participar de uma peneira e que a negativa o motivou a se dedicar ainda mais aos treinos. Ao longo da carreira, o ex-atleta somou 37 medalhas, sendo 26 de ouro.
– Eu lembro muito bem quando não me deixaram fazer a peneira no antigo Esporte Clube Libanês. Sem aquele não, não teria conquistado qualquer medalha. Não teria chegado uma hora antes e ido embora uma hora depois, treinado na areia enquanto os outros iam descansar. Depois do Mundial, voltei lá e agradeci ao treinador – lembrou Giba.
Sobre o período em que a Seleção Brasileira dominou as competições internacionais, ele destacou o espírito de união do grupo.
– Um carregava o outro: esse era um dos grandes segredos da nossa seleção – disse. Ele também comentou sobre sua forma de liderança, baseada em proximidade, cobrança e exemplo.
– Líder você não cria, ele nasce. E você conquista essa liderança com afeto, com bronca e mostrando o que é correto.
Busca por legado e origem do “Giba neles”
Morador de Bandeirantes (PR), Giba contou que busca definir o impacto que quer gerar fora das quadras. Além disso, mencionou que, mesmo aposentado, continua viajando com frequência por compromissos profissionais.
– Eu estou tentando entender qual é o impacto que eu preciso criar para deixar um legado. Porque eu fiz um impacto quando era jogador e ele criou o meu legado. Portanto, estou viajando mais do que quando jogava – afirmou o ex-jogador.
Durante a entrevista, o ex-atleta lembrou como surgiu o bordão “Giba neles”, criado pelo narrador Galvão Bueno nos Jogos de Atenas. O termo acabou virando título de seu livro biográfico, no qual reúne histórias inéditas.
– Eu não sabia o que era o ‘Giba neles’. Quando desci no aeroporto, todo mundo gritava isso. Eu pensei: “Que diacho é isso de ‘Giba neles’, rapaz?!”