
Holanda: trio se aposenta da seleção
O novo ciclo olímpico da seleção masculina da Holanda não contará com três experientes jogadores: Robbert Andringa, Maarten van Garderen e Wouter Ter Maat. A aposentadoria foi confirmada pela federação local, nesta sexta-feira (11/4), antes de confirmar a convocação para a Liga das Nações (VNL).
O trio ajudou a recolocar a Holanda em destaque no cenário mundial nos últimos dez anos. Em 2013, a Holanda era apenas a número 36 do mundo e agora está em 13º lugar.
“Robbert, Maarten e Wouter trabalham para a seleção nacional há muito tempo e com grande comprometimento e contribuíram para o desenvolvimento até o nível em que a equipe está hoje. No final, uma despedida como jogador é inevitável. Também é compreensível que façam essa escolha após um ciclo olímpico”, disse a diretora técnica Heleen Crielaard.
Dos três, Robbert Andringa jogou o maior número de partidas internacionais: 272, atuando como ponta ou líbero. Aos 34 anos, ele se tornou pai em janeiro e isso teve uma grande influência em sua decisão.
“Essa é a principal razão para parar com a seleção nacional. Eu gostaria de passar o verão inteiro com aquele pequenino e minha família, em vez de estar num ginásio. Eu fiz isso por anos. Agora é hora de outras coisas”, explicou.
Quando questionado sobre momentos marcantes da carreira, Andringa cita a Seleção Brasileira:
“O melhor momento e talvez um destaque foi minha primeira partida contra o Brasil com grandes nomes como Giba, Dante e Murilo. Algo para lembrar”
Para o ponteiro Maarten van Garderen, de 35 anos, o fim de sua carreira com a seleção poderia ter chegado mais cedo. Foram 212 jogos internacionais pela Holanda. E critica o calendário mundial:
“Se não estivéssemos tão perto das Olimpíadas, eu teria parado mais cedo. Não acho que jogar vôlei cinquenta semanas por ano durante doze anos seja bom para você”.
Já o oposto Wouter Ter Maat, 33 anos, campeão da Copa CEV com o Ziraat (TUR) nesta temporada, fez 158 partidas internacionais. Pretende voltar a atuar no país, mas não mais pela seleção.
“Eu olho para trás com orgulho. Com a seleção holandesa, pude me tornar o jogador de vôlei que sou hoje”.