Honorato
Home Liga das Nações Honorato sai em defesa do “toque ataque”: “É eficiente”
Liga das Nações - Seleção Brasileira - 16 de junho de 2025

Honorato sai em defesa do “toque ataque”: “É eficiente”

Ponteiro da Seleção Brasileira conta que experiência na liga polonesa o ajudou a aprimorar o "voleibol moderno", colocado em prática na VNL


A primeira semana da Liga das Nações (VNL) masculina mostrou ao público uma Seleção Brasileira renovada e mais preparada para lidar com a dinâmica do voleibol moderno, praticado pelas equipes de primeiro nível. Prova disso é a eficiência na troca de bolas, à espera da melhor oportunidade de “matar” o ponto. O ponteiro Honorato conta que tem buscado se adaptar, inclusive com a prática do “toque ataque”.

Com 1,90m, o jogador cumpre papel relevante na linha de recepção, mas também aparece em momentos importantes na rede. E sabe que enfrentar os bloqueios não é o melhor caminho para a equipe verde e amarela. Por isso, não hesita em defender que a Seleção execute o chamado “jogo sujo” a seu favor.

– É um jogo que irrita muito, principalmente com o vôlei muito físico de hoje, em que o bloqueio é muito alto. Então, você dar uma quebrada no ritmo um pouco, atrasar o ataque, deixar a bola cair e jogar aqui na gaveta, no rosto, para a bola entrar no bloqueio, ou dar um toque ataque na mão de fora e surpreender, são situações que o voleibol moderno vem apresentando. Se os caras lá fora fazem, se o León faz, e é bonito, por que a gente não vai fazer? Só porque é o Honorato, o Bergmann, o Adriano, que é feio? Não concordo com isso. É eficiente – defende o ponteiro.

Titular no esquema tático de Bernardinho na primeira semana da VNL, o paraibano contou que a experiência na Polônia na última temporada fez com que ele aprimorasse esse novo estilo de jogar vôlei. Ele vestiu as cores do Slepsk Malow Suwalki e já tem contrato renovado para 2025/2026.

– É uma liga muito forte e legal de se jogar. Acredito que amadureci nas tomadas de decisões, no ataque, principalmente. Lá é um jogo mais sujo. Parece um jogo argentino, mas ainda mais. Essas agarradas, esses “toques ataques”, todo mundo faz lá. Eu aprimorei lá. Questão de saque também. Na Seleção, não tenho o mesmo papel que tenho no clube, de ir na porrada, buscar um ponto no final de set. Aqui, é dar qualidade na recepção, dar sequência ao nosso saque, acreditar no bloqueio. Acredito que eu posso ser melhor ainda mais nessa questão do saque, mas a liga polonesa me fez crescer e ter mais constância, mais tranquilidade e jogar contra os melhores do mundo. O principal é estar sempre jogando jogos de alto nível. Se você não jogar bem, perde para o último da tabela – analisou Honorato.

O atleta também admitiu que está motivado com o fato de voltar a jogar efetivamente como ponteiro na Seleção Brasileira, depois de ter sido o “coringa” em Paris 2024, treinando como líbero.

– No ciclo passado, tive a infelicidade de estar machucado. A temporada de clubes em Joinville bem desgastante, eu tinha que tomar remédio todo jogo para entrar em quadra. Não treinava direito, sempre controlava a carga. Não pude mostrar meu voleibol no ano passado e brigar por uma vaga como ponteiro. Mas fiquei feliz sim de voltar a fazer o que eu gosto, que é atacar e jogar como ponteiro. A temporada na Polônia, minha primeira fora, acredito que foi um divisor de águas na minha carreira – concluiu Honorato.