
Honorato se firma e é o maior pontuador da Seleção na VNL
O ponteiro Henrique Honorato tem aproveitado muito bem a oportunidade recebida na Seleção Brasileira masculina de vôlei neste início de novo ciclo olímpico.
Titular em todas as partidas da Liga das Nações (VNL), Honorato é o maior pontuador do Brasil. São 68 pontos em seis partidas disputadas: 56 no ataque, oito no bloqueio e mais quatro no saque.
Aos 28 anos, Honorato ocupa uma posição “intermediária” dentro da renovação promovida por Bernardinho com foco em Los Angeles-2028. Não está entre os mais experientes, mas também não é mais um dos novatos. E tem comprovado o amadurecimento após jogar a temporada de clubes na Polônia defendendo o Suwalki.
Contra a China, Honorato anotou 14 pontos, ficando atrás apenas do oposto Alan, autor de 17. Ele repetiu sua maior pontuação na competição em 2025, tendo alcançado o mesmo número diante de Cuba, no Rio de Janeiro, na primeira etapa, em uma partida de cinco sets.
– Muito gratificante poder ajudar a nossa equipe em mais uma vitória, tendo um papel importante ofensivamente, também no fundo de quadra, podendo dar um volume para o time. Mas esse crédito não é só meu. O Cachopa tem me deixado na boa, a nossa linha de passe tem funcionado bem, Maique sempre cobrindo eu e o Bergmann. Está funcionando bastante o nosso sistema – comentou Honorato.
Confirmado em mais uma temporada no voleibol polonês, o ponteiro analisou ao Web Vôlei a diferença de papéis entre clube e Seleção:
– Na Seleção, não tenho o mesmo papel que tenho no clube, de ir na porrada, buscar um ponto no final de set. Aqui é dar qualidade na recepção, dar sequência ao nosso saque, acreditar no bloqueio. Acredito que eu posso ser melhor ainda mais nessa questão do saque, mas a liga polonesa me fez crescer e ter mais constância, mais tranquilidade e jogar contra os melhores do mundo.
Honorato é um remanescente do elenco brasileiro na Olimpíada de Paris, no ano passado. Mas na França ele viajou como curinga. Era o 13º jogador, utilizado como substituto de algum companheiro lesionado, de acordo com a regra dos Jogos. Na ótica de Bernardinho, era quem poderia substituir o líbero Thales em alguma urgência. Meses depois, virou um dos nomes de confiança do treinador.