Itália vê mais jovens ganhando espaço na seleção
Alessandro Bovolenta e Luca Porro foram destaque diante do Brasil
A vitória da Itália sobre o Brasil, neste domingo (26/5), no encerramento da primeira etapa da Liga das Nações masculina, teve participação importante de dois jovens reservas. O ponteiro Luca Porro, 20 anos, e o oposto Alessandro Bovolenta, aniversariante do dia completando 20 anos, entraram nos lugares de Daniele Lavia e Yuri Romano, respectivamente, e deram conta do recado.
Foram 10 pontos de Bovolenta, com 47% de aproveitamento ofensivo, e mais 9 de Porro, com 66% de acerto no ataque. Eles ajudaram a desafogar Alessandro Michieletto, a estrela da companhia e maior pontuador no domingo.
Os dois jovens fazem parte do bem-sucedido projeto de renovação da seleção italiana. Bovolenta, filho do ex-central Vigor, integrante da Azzurra nas década de 1990 e 2000, foi o melhor atacante do Mundial sub-21 em 2023 e acaba de ser contratado pelo Piacenza, onde vai disputar posição com Romano.
Luca, por sua vez, foi MVP do Europeu sub-19 em 2020, e é irmão de Paolo, considerado um dos melhores levantadores da nova geração italiana e titular do Milão. Suas atuações pelo Padova chamaram a atenção na temporada 23/24 do vôlei italiano.
– Pra mim ele não foi uma surpresa. Vi bastante ele jogando no returno do Campeonato Italiano. Apesar de novo, tem uma maturidade, parece que não sente o jogo. Saca muito bem, seguro na linha de passe, no ataque tem muita variação e erra pouquinho. Estudamos mais o Lavia e o Michieletto. Ninguém imaginava que o Lavia iria sair, muito por mérito nosso. Mas o menino (Porro) é bom de bola mesmo – disse o levantador Cachopa, que vai para a terceira temporada no Monza.
Capitão da Itália, o levantador Simone Giannelli elogiou Luca Porro.
– Ele jogou muito bem. Luca é jovem, nasceu em 2005, eu creio (na verdade é de 2004), cresceu bastante jogando pelo Padova e tem uma mentalidade vencedora. Mais um cara que vai ser muito importante para nós – finalizou Giannelli em entrevista ao Web Vôlei.
Por Daniel Bortoletto, no Rio de Janeiro