Izabel, 46 anos, fala sobre longevidade no vôlei de praia
Paraense é a atleta mais experiente do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia
Aos 46 anos, Izabel Cristina Santos é a atleta mais experiente do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. A experiência de 21 anos nas areias é proporcional ao entusiasmo da atleta quando fala da modalidade que escolheu para fazer parte da sua vida. Izabel entra em quadra nesta quinta-feira, no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), para a disputa da oitava etapa do Circuito e garante que não precisa de um motivo especial para se motivar.
– A motivação vem simplesmente do prazer de ainda estar jogando. Graças a Deus, estou com essa idade sem ter nenhuma lesão grave, nunca precisei fazer cirurgia, então fico muito feliz. Se hoje ainda estou jogando é por causa disso. Eu gosto muito de estar aqui. Como eu ainda estou tendo a oportunidade de jogar e ter bons resultados, sigo em frente – disse Izabel, que é de Santa Isabel (PA).
A atleta, porém, já planeja uma aposentadoria pelo menos da parte de dentro das quadras. Depois de tanto aprendizado e experiências importantes graças ao vôlei de praia, Izabel quer retribuir.
– Futuramente, estarei só na torcida. Quero fazer outras coisas que, inclusive, já comecei. Sou formada em Educação Física, trabalho com iniciação de voleibol, e quero começar a fazer ainda mais esse trabalho com crianças, terceira idade e, para isso, preciso me aperfeiçoar em algumas coisas e, consequentemente, preciso de tempo – explicou Izabel.
Para o vôlei brasileiro, dentro ou fora das quadras, Izabel só tem a acrescentar.
– Tenho vontade de trabalhar principalmente para futuros jogadores. Essa parte de iniciação me agrada muito e é o que eu penso em fazer. Quero ensinar, formar atletas para outros treinadores colocarem para jogar – comentou a atleta do vôlei de praia.
Izabel fala com muito carinho sobre tudo que já viveu e ainda vive no esporte. Os títulos, as medalhas são importantes, mas a atleta fala que o ambiente é muito valorizado. Atualmente convivendo com uma turma bem mais jovem, Izabel demonstra a gratidão a tudo que aprendeu desde o início da carreira.
– A nossa geração tinha muita amizade e pouca individualidade. Nós éramos muito amigos e ainda somos entre os que seguem jogando. Sempre nos ajudamos muito e isso aqui é uma família. Aprendi muita coisa no vôlei de praia – concluiu Izabel.