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Janelson, campeão olímpico, se emociona com filho na Seleção

Lucas defende a Seleção Brasileira sub-17 no Campeonato Sul-Americano


Janelson tem seu nome gravado na história do vôlei brasileiro. Em 1992, nos Jogos de Barcelona, ele era ponteiro da equipe que conquistou a primeira medalha de ouro da modalidade. Agora, vê em quadra a continuação de sua história no filho Lucas, que joga na mesma posição e defende a Seleção sub-17 no Campeonato Sul-Americano, que acontece em Araguari (MG). Além do título, a competição classifica os três primeiros colocados para o Campeonato Mundial de 2024. Nas duas primeiras rodadas, o Brasil venceu Peru e Chile, por 3 sets a 0. Neste sábado (26/8), encara a Colômbia, às 14h. Com Janelson na torcida.

– Fico muito emocionado em ver o Lucas jogar pela Seleção. O coração tem que ser forte. Essa camisa tem um significado muito importante para mim. Tudo o que sou, devo a ela. O vôlei me ensinou muitas coisas: disciplina, convivência em grupo. Saber que meu filho vai passar por tudo isso é uma grande honra. É o mesmo caminho que eu tracei, e eu posso garantir para ele que vai valer muito a pena – diz um emocionado Janelson.

Lucas, de 14 anos, usa o número 7, o mesmo que Janelson utilizou em sua carreira como jogador.

– Sinto uma pressão, claro, mas faz parte. Estava mais nervoso antes do primeiro jogo, agora já estou mais solto, assim como todo o time. É muito bom poder usar o mesmo número que ele usou na seleção, e tê-lo no Sul-Americano me acompanhando. Serve como motivação extra para alcançar nossos objetivos, que são a classificação para o Mundial e o título – explica Lucas.

O campeão olímpico confessa ser difícil segurar as lágrimas ao ver Lucas em quadra com a camisa amarela do Brasil.

– Ele é muito tímido, como eu. Mas hoje estou menos tímido, pois não sou mais o Janelson, sou o pai do Lucas. Eu tentei dar o melhor de mim para ele, e espero que ele tenha o mesmo sucesso – disse o pai-coruja.

A Seleção sub-17 superou a Colômbia em um jogo-treino realizado antes do Sul-Americano. Mas o técnico Marcelo Zenni quer evitar que a confiança se torne uma armadilha:

– Vencemos no amistoso, mas agora é o que vale. Apesar de ser um time baixo, a Colômbia tem certo volume de defesa. No amistoso, pudemos analisar a distribuição do levantador. Temos material para estudá-los bem, mas temos que colocar isso em prática no jogo.